Em mais um dia de tristes recordes de mortes, o país teve quase 3 mil mortos em um único dia. Enquanto espera que cheguem mais vacinas, a população só tem uma saída: usar máscaras e evitar aglomerações.
Mas há uma preocupação maior dos dirigentes paulistas: evitar que o futebol seja paralisado por 15 dias. Os cartolas da Federação não aceitaram as ponderações do Ministério Público desde o início. O protocolo é seguro e não há motivos para a bola não continuar rolando.
Ora mesmo que isso seja verdade não vale dar o exemplo em nome da vida de que tudo pode parar por um tempo? Não vale se solidarizar com a família dos mortos? Não, para os cartolas não.
Eles querem disputar o Paulistão seja onde for e lembram que nenhum país da Europa paralisou o futebol, depois que a bola voltou a rolar. Só que em nenhum país do mundo houve o que está ocorrendo no Brasil: o número de casos e mortes subindo muito mais do que na primeira onda.
Aqui emendamos tudo, chegamos ao quarto ministro da Saúde e temos dirigentes de federações que parecem imitar os mandantes do país: e daí que já morreram quase 300 mil?