A emboscada realizada pela Mancha Alviverde contra a torcida Máfia Azul na madrugada de domingo, 27, na Rodovia Fernão Dias, em São Paulo, deixou um morto e 17 torcedores cruzeirenses feridos. As cenas de selvageria foram resultados de uma vingança arquitetada durante dois anos pelos palmeirenses.
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Durante uma briga em 2022, em uma rodovia no interior de Minas Gerais, Jorge Luis Sampaio, presidente da Mancha, foi espancado pela Máfia Azul. Na época, integrantes da torcida organizada do Cruzeiro publicaram vídeos do líder alviverde com rosto ensanguentado.
"Você vai voltar vivo porque nós temos ideologia”, declarou um cruzeirense na ocasião, enquanto levava o presidente da Mancha de volta para uma van. Ele teve os documentos roubados.
Em todos os duelos do Cruzeiro na capital paulista, a Máfia Azul fazia deboche com a identidade de Jorge nas redes sociais, o que fez crescer a tensão com a organizada palmeirense.
Após a emboscada de domingo, a Independente, torcida organizada do São Paulo e aliada da Máfia Azul, se posicionou e afirmou que o ataque “ultrapassou uma linha que teme não ter mais volta” e que “ultrapassou todo limite de selvageria humana”.
Nas redes sociais, a Mancha se posicionou somente na manhã desta segunda e negou o envolvimento, mesmo após a confirmação das autoridades policiais. “Queremos desde já deixar claro que a Mancha Alvi Verde não organizou, participou ou incentivou qualquer ação relacionada a esse incidente. Com mais de 45.000 associados, nossa torcida não pode ser responsabilizada por ações isoladas de cerca de 50 torcedores, que desrespeitam os princípios de respeito e paz que promovemos e defendemos.”
A Máfia Azul publicou uma mensagem em tom de provocação: “Ideologia é para poucos. Nunca foi para porcús! Perda com honra, mas vença por covardia. O choro da mãe do seu rival não traz a alegria da sua.”