Palmeirenses xingam Dilma após jogo no Allianz Parque

Maior parte da torcida presente no estádio gritou contra a presidente ao final da vitória diante do XV de Piracicaba

15 mar 2015 - 13h18
(atualizado às 18h11)
<p>Maior parte da torcida ao final do jogo gritou contra Dilma</p>
Maior parte da torcida ao final do jogo gritou contra Dilma
Foto: Fernando Dantas / Gazeta Press

A Polícia Militar e a Segurança Pública do Estado de São Paulo solicitaram e foram atendidos no pedido para que o Palmeiras enfrentasse o XV de Piracicaba às 11h da manhã deste domingo. O motivo foram as manifestações programadas contra Dilma Rousseff nesta tarde, e elas já começaram no Allianz Parque com xingamentos direcionados à presidente.

Publicidade

Assim que o árbitro apitou o final da vitória por 1 a 0 do time da casa, a maioria dos torcedores presentes entoou coro que dominou o estádio. "Ei, Dilma, vai tomar no c...", gritaram diversos palmeirenses, batendo bastões de plástico distribuídos pelos organizadores para aumentar o barulho, que durou cerca de 30 segundos.

Alguns poucos dos 26.199 pagantes estiveram no estádio com camisa de protesto. Um deles usou uma camisa amarela com a mensagem "Basta! Fora corruptos". Uma parte dos torcedores saiu do estádio dizendo que iria se juntar às manifestações que devem ocorrer na capital paulista durante esta tarde, enquanto outra parcela apenas falava em "chegar em casa sossegado".

Ao todo 26.199 torcedores pagaram ingresso no Allianz Parque
Foto: Leandro Miranda / Terra

A partida em horário incomum não incomodou Oswaldo de Oliveira. O técnico do Palmeiras disse ter apoiado a ideia da PM, que não queria dividir seu efetivo, como ocorreria se o jogo fosse mantido às 16h, como previsto. O treinador também disse que as manifestações contra o governo são "louváveis".

Publicidade

"Eu não gostei da mudança do horário, mas eu aceito porque acho que o motivo é muito louvável, essa reação do nosso povo é muito importante que aconteça. Se tiver que mudar mais jogos de horário por causa disso, eu também vou aceitar, e vou procurar me adaptar. Porque acho que nosso país vive um momento de transição democrática, precisa se adaptar, e que nós, o povo, nos sacrifiquemos. Para que o país encontre um destino, um caminho em que as necessidades entre as camadas da sociedade sejam satisfeitas", opinou.

Com informações do repórter Leandro Miranda e da agência GazetaPress.

Impeachment? Paulistanos mostram o que sabem sobre o assunto
Video Player

Fonte: Terra
Fique por dentro das principais notícias
Ativar notificações