EUA tornam público acordo de confissão de ex-Fifa

15 jun 2015 - 19h53
(atualizado às 20h37)

Promotores norte-americanos tornaram público nesta segunda-feira o acordo de confissão de 2013 com Chuck Blazer, revelando que o ex-membro do comitê executivo da Fifa forneceu informações secretamente às autoridades por quase dois anos antes de admitir culpa. Os promotores revelaram o acordo depois que um juiz federal no Brooklyn, Nova York, determinou na quinta-feira que o caso não fosse secreto, a pedido de meios de comunicação, após o indiciamento de 14 dirigentes da Fifa e executivos de empresas.

O documento revelou que Blazer, ex-secretário-geral da Concacaf, entidade que comanda o futebol na América do Norte, Central e Caribe, começou a fornecer informações aos promotores em dezembro de 2011. O Departamento de Justiça tinha originalmente manifestado oposição que o acordo fosse tornado público. Mas o juiz distrital Raymond Dearie disse que os promotores não tinham cumprido sua "responsabilidade elevada" em estabelecer que o documento deveria permanecer secreto.

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Uma porta-voz do escritório da Procuradoria dos EUA no Brooklyn não quis comentar. O advogado de Blazer não respondeu imediatamente a um pedido de comentário. Blazer, de 70 anos, é um dos quatro que se declararam culpados antes que o caso viesse à tona, em 27 de maio. Ele se tornou uma testemunha-chave que colaborou na investigação que envolveu a Fifa e levou o presidente da entidade, Joseph Blatter, a anunciar sua renúncia.

Foto de arquivo do ex-integrante do comitê executivo da Fifa Chuck Blazer durante Congresso da entodade em 2011
Foto de arquivo do ex-integrante do comitê executivo da Fifa Chuck Blazer durante Congresso da entodade em 2011
Foto: Arnd Wiegmann / Reuters

Blazer, que foi membro do comitê executivo da Fifa de 1997 a 2013, secretamente se declarou culpado em novembro de 2013 de 10 acusações, incluindo conspiração para cometer extorsão, fraude eletrônica e lavagem de dinheiro. De acordo com uma transcrição de sua confissão, ele admitiu que ele e outras autoridades aceitaram suborno ligado à escolha das Copas do Mundo de 1998 e 2010.

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