Faltou a Neymar o protagonismo de Messi e Cristiano Ronaldo

Brasileiro não repetiu o papel decisivo dos outros craques em finais de Champions League

24 ago 2020 - 10h24

Messi e Cristiano Ronaldo polarizaram nos últimos 14 anos a disputa pelo posto de melhor jogador do mundo graças, na maioria das vezes, aos títulos conquistados pelo Barcelona (Messi) e Manchester United e Real Madrid (CR7) na Liga dos Campeões. Ambos tiveram papel decisivo em finas da competição, exatamente o que faltou desta vez para Neymar, cuja atuação apagada pelo PSG foi determinante para o novo triunfo do Bayern de Munique, na partida realizada domingo, em Lisboa.

Em 2008, quando ganhou pela primeira vez o prêmio da Fifa, Cristiano Ronaldo fez o gol do empate do Manchester United (1 a 1) na final contra o Chelsea, em Moscou. Nos pênaltis, o clube inglês ganhou o título.

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Esperava-se mais de Neymar na final da Champions em que o Bayern de Munique venceu o PSG
Esperava-se mais de Neymar na final da Champions em que o Bayern de Munique venceu o PSG
Foto: Reuters

No ano seguinte, em decisão que reuniu o Manchester United e o Barcelona, Messi marcaria um dos dois gols da vitória do time espanhol (2 a 0) sobre o rival, em Roma. Naquele ano, o argentino receberia a premiação máxima da Fifa.

Na temporada 2010/11, o Barcelona seria campeão da Liga de novo, em outra final contra o Manchester United, já sem CR7, que tinha se transferido em 2009 para o Real Madrid. No jogo realizado em Wembley, Londres, Messi deixou sua marca no placar de 3 a 1 imposto pelo time catalão. Ele seria agraciado meses depois com a honraria da Fifa.

Em maio de 2014, o Real Madrid voltava ao topo da Europa após 11 anos. Contou, para tanto, com a força e talento de Cristiano Ronaldo. Na decisão (4 a 1 sobre o Atlético de Madrid, em Lisboa), ele fez, de pênalti, um dos gols marcados pelo Real na prorrogação – no tempo normal, houve empate por 1 a 1. Obteria mais tarde o tal prêmio da federação internacional de futebol.

No seu único título da Champions, em 2015, pelo Barcelona, Neymar foi fundamental. Ele e Messi. O brasileiro marcou o último gol da vitória dos espanhóis sobre a Juventus (3 a 1), em Berlim. De seus pés nasceu também a jogada do primeiro gol. Já o argentino ajudou, e muito, com sua técnica e inteligência. No lance do desempate (o placar apontava 1 a 1), ele arrancou do meio de campo, com velocidade e dribles, chutou forte, o goleiro deu rebote e Suarez completou.

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Naquele ano, Neymar chegaria pela primeira vez entre os três finalistas candidatos à distinção de melhor jogador do mundo. Ficou em terceiro, CR7, em segundo, ambos atrás de Messi.

Mas, em 2016, o português daria o troco. Na decisão da Champions, o Real duelou outra vez com seu rival da capital espanhola, em Milão. Nos 90 minutos e na prorrogação, empate (1 a 1). Coube a Cristiano, então, a última cobrança de pênalti (convertida e vencida pelo seu time por 5 a 3). A Fifa renderia-se a seus pés na festa celebrada em janeiro de 2017.

Ainda em 2017, ele repetiria a dose, com novo título do Real e seu, em particular, coroado pela Fifa. CR7 marcou dois gols na goleada por 4 a 1 sobre a Juventus, em Cardiff (País de Gales).

Cristiano Ronaldo também esteve impossível na campanha de 2018, em que o Real venceu a final, contra o Liverpool, por 3 a 1, em Kiev, na Ucrânia. Daquela vez, não marcou e viu seu colega Gareth Bale fazer um gol de bicicleta na decisão. Os outros dois tentos do Real foram oferecidos ao time como presente especial do goleiro do Liverpool, o alemão Loris Karius – aí, naquele caso, quem desequilibrou mesmo foi o adversário: levou um “frango” histórico no terceiro gol, num chute do meio da rua de Bale, e, no primeiro, ao repor a bola em jogo, atirou-a em cima de Benzema – ela rolou mansamente em seguida até a rede. Depois, Cristiano voltou a festejar seu título de melhor da temporada europeia pela quinta vez.

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Fonte: Silvio Alves Barsetti
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