Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, o novo foco dos investigadores do FBI nas denúncias de corrupção contra a Fifa está na ligação entre o ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira, e o secretário-geral da entidade internacional, Jérôme Valcke.
A Justiça americana vai examinar os contratos da Copa do Mundo de 2014 para averiguar se há irregularidades nos acordos entre Fifa, parceiros comerciais e fornecedores, durante os cinco anos em que Teixeira e Valcke trabalharam juntos na organização do Mundial.
Um dos mais de mil contratos da Copa de 2014 já foi alvo de polêmica: a empresa alemã de engenharia e serviços Bilfinger reconheceu no começo do ano que pode ter pago até 1 milhão de euros (mais de R$ 3 milhões) em subornos para ganhar contratos no Brasil relacionados ao torneio. A investigação é conduzida por autoridades brasileiras.
Ricardo Teixeira renunciou à presidência da CBF em março de 2012 em meio a acusações de corrupção, depois que a Fifa confirmou que o brasileiro recebeu propina da empresa de marketing ISL durante anos. Já Valcke é suspeito de ter feito transações de US$ 10 milhões (R$ 31 milhões) que são as peças centrais do quebra-cabeça que levou à deflagração do esquema de corrupção na entidade que comanda o futebol mundial.