Ex-vice da CBF, candidato à presidência da entidade, Gustavo Feijó está se afastando até mesmo de aliados por causa de sua estratégia de usar a Justiça comum para tentar ter o controle da confederação. Agora, ele entrou com ação na 2ª Vara Cível da Barra da Tijuca, no Rio, pedindo a anulação de acordo recente entre o Ministério Público do Rio e a CBF.
Dias atrás, a confederação assinou um TAC (Termo de Ajustamento de Conduta), comprometendo-se com o MP a rediscutir as regras eleitorais da entidade, o que foi feito em assembleia realizada dia 7.
Inconformado com a perda de um ano de mandato como vice, com a anulação do pleito que elegeu Rogério Caboclo em 2018, Feijó tentar reverter a situação e, para isso, tem usado de sua relação com o presidente da Câmara, Arthur Lira, de quem se diz amigo íntimo.
Nessa sexta, por exemplo, o ex-vice da CBF recebeu no bar de um hotel da Barra da Tijuca um emissário de Arthur Lira para discutir os próximos passos que pretende dar na Justiça comum. Ele desdenha assim do risco de sofrer uma punição severa da Fifa, que costuma punir com rigor entidades, clubes e dirigentes que tratam de pendências internas fora da justiça esportiva.
O Terra apurou que, para acionar a Justiça comum, Feijó obteve suporte jurídico do deputado federal Felipe Augusto Lyra Carreras (PSB-PE), muito próximo a Arthur Lira. Carreras é relator do PL 1153/19, que trata da modernização da Lei Pelé.
A investida de Feijó desagradou pelo menos três presidentes das seis federações que, hoje, estariam apoiando sua candidatura à CBF – a eleição deve ser realizada até meados de abril.