Um dos esportistas mais entusiasmados com o presidente Jair Bolsonaro, seu cabo eleitoral número 1 no futebol, Felipe Melo, do Palmeiras, ainda não digeriu bem a opção do chefe da nação pelo Flamengo na decisão do título da Libertadores. Apesar de ser declaradamente torcedor do Palmeiras, Bolsonaro disse que estaria unido aos flamenguistas na corrente pela conquista da taça.
Na sexta-feira, véspera da final, ao ser questionado em entrevista coletiva sobre a posição adotada por Bolsonaro, Felipe Melo desconversou e disse que queria falar de futebol.
No sábado, instantes após a vitória sobre o Flamengo por 2 a 1, em Montevidéu, Felipe Melo se preocupou mais em debochar de Willian Arão e Gabigol – este teve seu gesto simbólico de comemoração de gols imitado pelo volante palmeirense. Diante das câmeras, em momento algum fez menção a Bolsonaro.
No clube havia a expectativa de que Felipe dedicasse o tricampeonato da Libertadores ao presidente, tal a afinidade dos dois. A relação entre eles, aparentemente estremecida, chegou ao auge quando da festa pela conquista do Brasileiro de 2018. Na oportunidade, Bolsonaro, recém-eleito, entrou no gramado do Allianz Parque e ergueu o troféu quase que de braços dados com Felipe Melo, minutos depois de o Palmeiras derrotar o Vitória por 3 a 2.
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