Difícil encontrar algum flamenguista ou palmeirense que aposte numa final de Libertadores, entre seus dois clubes, nesse sábado (27), em Montevidéu, marcado por um aperto de mão entre Gabigol e Felipe Melo tão logo o jogo acabe. Esse seria o cenário ideal para quem vê o futebol como um esporte lúdico capaz de unir as pessoas.
Mas a realidade é outra, ou costuma ser diferente quando dois times que chegam a uma decisão de título têm em seus elencos jogadores polêmicos, marrentos mesmo, tal a personalidade e o temperamento forte de quem não leva desaforo para casa. Características de Felipe Melo, do Palmeiras, e de Gabigol, do Flamengo.
Acrescente-se a isso o histórico de provocações de ambos, exatamente contra a equipe rival na disputa pelo primeiro lugar na Libertadores. Revelado pelo Flamengo, Felipe Melo não guarda boas lembranças de sua passagem pelo clube. Desde que deixou o Rubro-Negro, em 2003, já deu várias declarações que contrariaram os torcedores da equipe carioca.
Em 2018, por exemplo, disse que seu maior título pelo Flamengo foi ter evitado a queda para a Segunda Divisão nacional em 2002, quando o time terminou o campeonato com 30 pontos, apenas três a mais do que abria a lista dos rebaixados, a Portuguesa.
Já as tretas de Gabigol são mais recentes. A que chamou mais a atenção ocorreu durante a comemoração da conquista da Libertadores de 2019, após o Flamengo vencer o River Plate por 2 a 1, no Peru, em 23 de novembro. De microfone em punho, o atacante puxou um cântico acompanhado por seus colegas para espezinhar o Palmeiras. “Não tem copinha, não tem mundial.” Foi bastante criticado pela imprensa e por muitos torcedores do clube paulista.
A fama de debochado de Gabigol e a de encrenqueiro de Felipe Melo pode representar um capítulo à parte em Montevidéu. Sinceramente, alguém duvida de que vai sair faísca dali?