“Esquece, ele já era, vamos pensar agora numa transição sem traumas, o futebol brasileiro precisa de paz, respeito e responsabilidade.” A declaração é de um dos vice-presidentes da CBF, em contato com o Terra, em resposta a um questionamento sobre a possibilidade da volta de Rogério Caboclo ao poder.
A reportagem ouviu ainda outros três dirigentes da entidade a respeito do tema e eles disseram o mesmo, com outras palavras. Afastado da presidência por 30 dias em razão de denúncia de assédio sexual e moral feito por uma funcionária, Caboclo vai ter de cuidar de outros afazeres, a partir de agora, longe da CBF.
Essa é pelo menos a avaliação dos que ocupam cargos importantes na entidade e que conversaram com o Terra, sob condição de anonimato.
Como Caboclo ensaiou demitir toda a diretoria ainda no domingo (6), a fim de tentar se livrar da punição que lhe seria imposta pelo Comitê de Ética da CBF, o que precisava do aval dos diretores, todos ali passaram a trabalhar no sentido de que sua saída seja definitiva. O comitê pode prorrogar por prazo indeterminado a pena aplicada a Caboclo.
Por trás dessa movimentação está a coordenação de Marco Polo Del Nero, ex-presidente da CBF, com quem Caboclo teve algumas divergências por questões comerciais da confederação. Essas rusgas são mais recentes, até porque Caboclo foi alçado à presidência graças a Del Nero. Eles eram fieis um ao outro, mas o trem descarrilou, os vagões tombaram e a perda foi total ... para Rogério Caboclo.