Os clubes brasileiros entraram de vez na luta para a aprovação da MP do futebol. Pelo menos Flamengo e Atlético-PR. Os presidentes dos clubes, Eduardo Bandeira de Mello e Mauro Celso Petraglia, estiveram em São Paulo para pressionar a Câmara a votar na próxima terça-feira a favor da medida provisória.
“A aprovação da medida provisória não resolve todos problemas do futebol brasileiro, mas é um ponto de partida. Se aprovada, a gente vai estar dando um pequeno passo, porém importante. Será um pequeno gol. Ficará 7 a 2, aí a gente aos poucos pode empatar o jogo. Se não for aprovada, vai para 8 a 1, 9 a 1 e não vai parar”, disse Bandeira.
A medida provisória que visa o refinanciamento das dívidas fiscais dos clubes pretende garantir o pagamento dos clubes em troca de contrapartidas de gestão. Ela precisa ser aprovada até o dia 17 de julho na Câmara e no Senado e ainda ser sancionada pela presidente Dilma Rousseff.
O Corinthians também participaria da entrevista feita em São Paulo, mas o presidente Roberto de Andrade acabou não comparecendo. O clube não informou o motivo da ausência. Petraglia negou que haja falta de apoio do cube alvinegro, mas alfinetou.
“Hoje o Corinthians é um player (jogador) sensibilizado e engajado no processo, e o deputado Andrés tem nos dito em reuniões da posição do Corinthians nessas reformas. Não só representando o partido do governo, mas também visando o Corinthians ele vê como o melhor para o futebol brasileiro. Mas que enfraqueceu não há dúvida, estaria muito mais feliz contente e prestigiado com eles aqui”, afirmou o presidente do Atlético-PR.
Para a aprovação da MP, Bandeira lembrou que a mudança do futebol brasileiro influência os torcedores e que todos são eleitores. Para isso convocou os 40 milhões de flamenguistas para pressionar a votação.
“O Flamengo tem 40 milhões de eleitores espalhados no Brasil inteiro. Eu diria que, pelo menos espero, que as torcidas dos clubes estejam de olho do que vai acontecer amanhã (terça)”, insinuou Bandeira.
No momento, quatro pontos são os mais polêmicos da MP na Câmara. Mudanças no sistema de votação nas federações, mudanças nas na apresentação das CNDs, queda da exigência de auditorias externas em três em três meses e a garantia de que os déficits serão zerados até 2020. O Bom Senso e os clubes argumentam que todos os acordos necessários foram feitos na última terça-feira, e nenhum outro mais será feito. Bandeira usou o fim da emenda que pediu que a Seleção Brasileira fosse um bem nacional para exemplificar a postura atual.
“Esse era um ponto considerado importante para Bom Senso, clube e deputados, uma emenda acolhida que era considerada muito importnate. Quando feito o acordo foi suprimida e concordado. É o outro lado da moeda. Concordamos de suprimir, e neste momento vamos defender o relatório sem ele. Acordo é acordo. Queria o do outro lado também valesse os contrapontos”, atacou Bandeira.
Clubes terão oportunidade de renegociar dívidas, desde que cumpram contrapartidas. Confira as regras da
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19 março 2015