A vitória magra contra o Sporting Cristal por 2 a 1, nessa terça (24), no Maracanã, pôs mais lenha na fogueira no Flamengo. O time voltou a atuar mal e por pouco não tropeçou enfrentando um adversário muito fraco, equivalente a equipes que disputam a Terceira ou Quarta Divisão do Brasileiro.
Por isso, ao final do duelo, válido pela Libertadores, a torcida voltou a hostilizar dirigentes do clube e o técnico Paulo Sousa e pediu a volta do “mister” Jorge Jesus. Tem sido assim nas últimas partidas, mesmo que acabem com o triunfo do Flamengo.
A questão é que o futebol apresentado não convence ninguém. Pesa para tanto o fato de o Flamengo ter um elenco milionário, talvez o mais valorizado do futebol do País.
Nessa toada, com altos e baixos, o Flamengo vai completando o quinto mês do ano sob forte pressão. Não obteve nenhum título – perdeu a Supercopa, a Taça Guanabara e o Estadual – e se vê agora em posição ruim na tabela do Brasileiro e na expectativa de sua sequência na Libertadores.
Desde que foi apresentado oficialmente pelo Flamengo como novo técnico do clube, em janeiro, Paulo Sousa não teve trégua. Chegou no rastro de uma negociação que tinha como prioridade o retorno de Jesus. Como esse objetivo não foi concretizado, a diretoria do Fla partiu para o plano B.
Faltou combinar com a torcida, que só aceitava o nome do treinador que encantou o futebol brasileiro em 2019, dirigindo o Rubro-Negro. Com o passar das semanas e as exibições ruins, a pressão se transformou em hostilidade. Difícil prever o desfecho dessa trubulência que assombra o Flamengo ao longo de todos os meses deste ano.