Com as grandes competições paralisadas devido ao COVID-19, diversos clubes do futebol brasileiro, dos mais tradicionais e ricos aos mais modestos, mostraram solidariedade ao colocar à disposição dos órgãos de saúde suas instalações para lutar contra o vírus.
Até o momento, 12 dos 20 clubes do Brasileirão, assim como equipes de outras divisões, forneceram suas estruturas para combater a pandemia, que no Brasil já causou a morte de 18 pessoas e tem 1.128 casos de contágio confirmados.
Um jogo difícil
O Ministério da Saúde prevê que a epidemia do COVID-19 alcance seu auge entre abril e junho no Brasil, e que só a partir de setembro começará a se registrar uma queda acentuada no número de casos.
A perspectiva também preocupa o Rio de Janeiro, segundo Estado mais castigado pelo coronavírus no país. Seus grandes clubes, como Flamengo e Botafogo, também colocaram suas instalações à disposição das autoridades.
O Flamengo expressou sua solidariedade cedendo às agências sanitárias o Maracanã e os ginásios do Maracanãzinho e da sede do clube, na Gávea, na Zona Sul.
"Neste momento sombrio, queria convidar a nossa grande Nação Rubro-Negra a renovar a esperança e trabalhar por dias melhores. Cuidemos de nossos idosos, ajudemos aos que mais precisam. Juntos, com a mesma esperança que nos mantêm torcendo, mesmo nos momentos mais complicados dos jogos", afirmou em carta o presidente do Flamengo, Rodolfo Landim.
O Botafogo colocou à disposição o estádio Olímpico Nilton Santos.
No Sul, o Athlético Paranaense cedeu seu estádio e seu CT, em Curitiba, enquanto que o Internacional, cujo presidente deu positivo para o coronavírus, colocou à disposição seu ginásio poliesportivo e a sede do clube, em Porto Alegre. No Nordeste, o Bahia, assim como o Fortaleza e o Ceará permitiram que seus CTs sejam usados na luta contra o Covid-19. "Esta luta é de todos nós!", escreveu o Ceará nas redes sociais.
Na região central do país, o Goiás colocou a serviço do governo seu estádio, o Serra Dourada, para que pessoas de mais de 60 anos e profissionais da área de saúde possam se vacinar contra a gripe comum e evitem formar aglomerações nos centros médicos.