O tema é tratado com cautela na CBF, mas a possibilidade de um novo veto à presença de torcedores nos estádios do Brasil, em 2022, não está descartada. Tudo vai depender de como as novas cepas do coronavírus, como a variante Ômicron, vão incidir no País nas próximas semanas e nos primeiros meses do ano.
“A situação está no nosso radar, torcemos para que nada disso aconteça, mas é um risco sim”, disse ao Terra um dirigente da CBF, que preferiu não se identificado.
Por enquanto, só foram registrados oficialmente 12 casos de pacientes infectados com a Ômicron no País.
Mas, na Europa, essa disseminação tem sido alarmante. A Espanha, por exemplo, teve o relato de 26 mil novos casos de covid-19 só nessa terça-feira (14) – boa parte relacionada à Ômicron. A cepa deve ser predominante no continente já em janeiro.
Como há a suspeita de que as vacinas não são garantia de contenção dessa variante, por ela ter maior transmissibilidade e maior escape imunológico, o cenário para 2022 ainda é muito incerto, no Brasil, e no mundo todo.
O futebol brasileiro reabriu os portões para o público, fechados desde 2020, de forma gradual e inicialmente com alguns cuidados, incluindo até a distância entre um e outro torcedor na arquibancada. Isso pôde ser visto em setembro de 2021. Mas as medidas não funcionam mais – vide o jogo de domingo (12), entre Atlético-MG e Athletico-PR, o primeiro da decisão da Copa do Brasil. Num Mineirão lotado, praticamente ninguém usava máscara.