Gramado da Arena do Grêmio continua debaixo d'água, após 12 dias de enchentes no RS

Clube e administração do estádio não têm previsão para retomada das atividades

14 mai 2024 - 17h28
(atualizado às 18h01)
Arena do Grêmio permanece submersa após 12 dias de enchentes em Porto Alegre
Arena do Grêmio permanece submersa após 12 dias de enchentes em Porto Alegre
Foto: Reprodução/GloboNews

Imagens aéreas feitas nesta terça-feira, 14, mostram que o interior da Arena do Grêmio, em Porto Alegre (RS), continua coberto de água das enchentes que atingem a capital gaúcha pelo 12º dia consecutivo. De acordo com a administração da Arena, não há previsão para o escoamento total da água. A informação é do ge e foi confirmada pelo Terra.

Os responsáveis pelo estádio apontam que há uma lâmina de água de até um metro de altura sobre o gramado, conforme mostrou a GloboNews com apoio do helicóptero Globocop. Atualmente, apenas seguranças e equipes operacionais do estádio vão até a área. 

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O nível da água impede que tanto a administração da Arena quanto o próprio Grêmio tenham perspectiva de retomar as atividades no estádio. Os responsáveis ressaltam a falta de pesquisas sobre a resistência de gramados esportivos contra alagamentos. 

Em meio às enchentes, o estádio do Grêmio foi usada inicialmente como abrigo para moradores da região. A loja do clube, que fica nas proximidades da Arena, chegou a ser foi saqueada no dia 5 de maio. 

A Arena fica no bairro Farrapos, um dos primeiros de Porto Alegre a sofrer com as cheias históricas do Guaíba que, nesta terça-feira, superou a marca de 5,20 metros de elevação.

CHUVA1 - PORTO ALEGRE 4/5/2024 - ESTRAGOS / CHUVA / CHEIA - CIDADES - Enchente em Porto Alegre invade gramado da Arena do Grêmio. FOTO @rdgrenal via Twitter
Foto: @rdgrenal via Twitter / Estadão

Há perspectiva de que o rio se mantenha acima da cota de inundação de 3 metros por mais quatro semanas, apontam especialistas do Instituto de Pesquisas Hidráulicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. 

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Enquanto isso, o departamento de futebol do Grêmio avalia a retomada das atividades da equipe, que tem previsão de retomar treinamentos na próxima sexta-feira, 17, ainda sem confirmação. Entre os compromissos adiados pelas enchentes, o Grêmio volta a atuar na Libertadores no dia 4 de junho contra o Huachipato, do Chile, fora de casa. 

Peixes mortos no Beira-Rio

O Internacional vive situação semelhante em seu estádio, o Beira-Rio. Por lá, o nível da água baixou na última segunda-feira, 13. O gramado do estádio ficou cheio de lama, mas foram os peixes mortos encontrados no local que chamaram a atenção dos gaúchos.  

Por lá, especialistas aguardam a diminuição das enchentes para iniciar os trabalhos de replantio do gramado, que pode durar até um mês. 

"Está ocorrendo uma limpeza no estádio, enquanto o CT está abaixo da água. É preciso retirar todo o barro. O gramado ficou todo sujo. Tínhamos plantado a grama de inverno, mas se perdeu tudo. Quando estiver limpo, poderemos começar o plantio", disse o consultor dos gramados do clube, Walter Aciar.

Cheias do Guaíba

Em meio à pior catástrofe climática da história do Rio Grande do Sul, o rio Guaíba, que margeia a região metropolitana de Porto Alegre, segue em níveis recordes de elevação e voltou a subir na madrugada desta terça-feira.

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A incidência de ventos vindos da Lagoa dos Patos impediu o escoamento da água do Guaíba, que represou na região de Porto Alegre. Também houve a chegada da vazão do Rio Taquari, que voltou a subir após novas chuvas no RS. 

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Entre os bairros mais afetados estão Guarujá, Ponta Grossa e Ipanema, um dos mais tradicionais de Porto Alegre. Para piorar, essa região não conta com sistemas de contenção, diques ou bombas, como no centro da capital. 

Com a piora das inundações na região sul de Porto Alegre, a Defesa Civil da capital coordena uma série de ações de retirada de moradores em áreas como Lami, que estavam no caminho da enchente. 

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Fonte: Redação Terra
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