A inconstância ao longo da temporada, as sucessivas trocas de técnicos, erros de planejamento e contratações equivocadas levaram o Grêmio à ameaça de novo rebaixamento no Brasileiro. Como quem não admite e enfrenta esses problemas, visíveis para grande parte de seus torcedores, a diretoria do clube resolveu se agarrar a um artifício, muito comum no futebol – transferir a responsabilidade de seu fracasso à arbitragem.
Isso se agravou com declarações recentes de seus dirigentes que lançaram suspeitas sobre a arbitragem do jogo dessa sexta (26), com o Bahia, em Salvador, partida que tem caráter de decisão para os dois clubes, ambos no Z-4 do Brasileiro.
Nas entrelinhas, o presidente Romildo Bolzan Jr deixou no ar que interessaria à CBF favorecer o Bahia, numa lembrança camuflada de que a entidade tem como presidente em exercício Ednaldo Rodrigues, ex-presidente da Federação Baiana de Futebol.
Ednaldo é torcedor do Vitória, que está praticamente rebaixado à Série C do Brasileiro e não teve nenhuma polêmica relacionada à arbitragem registrada em seus últimos jogos, nos quais caiu mais ainda na tabela de classificação.
Bruno Arleu de Araújo, árbitro do quadro da Fifa, vai apitar a partida dessa sexta na Fonte Nova, auxiliado por Rodrigo Figueiredo Henrique Correa, também da Fifa, e Daniel do Espírito Santo Parro. O trio é do Rio de Janeiro. No VAR, o controle ficará a cargo de outro carioca, Rodrigo de Nunes Sá.