Em meio a crise política, governo argentino adia eleições da AFA; entenda

A eleição da AFA estava marcada para acontecer nesta quinta-feira

16 out 2024 - 18h29
(atualizado às 18h29)
Tapia, presidente da AFA.
Tapia, presidente da AFA.
Foto: Wagner Meier/Getty Images / Esporte News Mundo

A Inspeção-Geral da Justiça (IGJ) da Argentina impediu que as eleições da Associação de Futebol Argentino (AFA), fossem adiantadas nesta quinta-feira (17). O atual presidente, Claudio "Chiqui" Tapia, seria reeleito em uma votação com uma chapa única. Caso a reeleição seja confirmada, este seria seu terceiro mandato comandando a associação. 

No entanto, o órgão governamental barrou a eleição, afirmando que a escolha da assembleia seria inválida . O IGJ também ameaçou fazer uma intervenção com o Ministério da Justiça.

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Além da escolha do presidente da AFA, a assembleia também votaria em alterações no estatuto da instituição. Essas votações aumentariam o número de mandatos consecutivos que são permitidos aos membros do Comitê Executivo da Associação de quatro para cinco.

Fora de questões da federação, o encontro também mudaria a questão de rebaixamentos do Campeonato Argentino e da localização da sede da associação, que se mudaria para Ezeiza. 

Caso a AFA realize a assembleia que foi barrada pela IGJ, o Ministério da Justiça do país poderá interferir dentro da instituição. Isso é o que garantiu Daniel Roque Vítolo, chefe do órgão. Segundo ele, isso não é um problema jurídico, mas de como a instituição quer fazer parecer e que ela também violou seus estatutos no regulamento. 

-A Assembleia da AFA de quinta-feira poderá discutir o seu balanço, demonstrações financeiras e orçamento, mas não poderá discutir a reeleição de autoridades ou alteração de estatuto", continuou o inspetor. As alterações nos descensos seriam mudanças do estatuto - afirmou Vitolo, em entrevista para a rádio CNN.

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Segundo Vitolo, caso a AFA desobedeça às autoridades do órgão de justiça, isso iria se configurar como crime no código penal do país. Com isso, o Ministério Público argentino teria que intervir dentro do órgão.

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