Mistura de juventude com experiência funciona e Espanha volta a uma final da Euro após 12 anos

Entre todas as seleções que disputaram a competição, a Fúria tem apenas a 11.ª menor média de idade de acordo com o site Transfermarkt

12 jul 2024 - 17h29
(atualizado às 17h29)
Seleção da Espanha.
Seleção da Espanha.
Foto: Justin Setterfield/Getty Images / Esporte News Mundo

Durante sua caminhada para a final da Eurocopa, a Espanha pode ser considerada a seleção que mais convenceu em suas atuações, além de ter o melhor ataque da competição com 13 gols marcados em todas as seis partidas que disputou na competição até agora, antes da final. Para alcançar a decisão, o técnico Luis De La Fuente fez uma junção da juventude de jogadores jovens com a experiência de veteranos. 

La Roja têm a 11.ª menor média de idade entre todos os elencos que disputaram a competição continental. Isso se deve a escolha do técnico, após a demissão de Luís Enrique após a eliminação na última Copa para o Marrocos, a federação espanhola decidiu contratar o técnico que treinou as seleções de base do país e treinou muitos jogadores que hoje comanda na seleção principal, além de não ter medo de confiar nos jogadores mais jovens que foram decisivos em momentos importantes da competição. 

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Promessas que vem resolvendo 

Um exemplo como, o técnico espanhol não tem medo de usar os jogadores mais jovens na semifinal contra a França. A joia do Barcelona, o ponta-direita Lamine Yamal, de apenas 16 anos, que tem sido titular em quase todos os jogos da campanha, foi decisivo e empatou o jogo em golaço. Além de ter tido uma boa atuação durante as partidas. 

Outro jogador jovem que tem sido muito importante na campanha, é o ponta-esquerda Nico Williams, de 22 anos. Ele jogou quase todos os jogos da caminhada até a final, tem feito um salseiro pelo seu lado e dado muito trabalho a seus marcadores. Na competição, Williams marcou o gol que matou o jogo nas oitavas contra a Geórgia. 

Yamal e Nico comemorando um gol da Espanha –
Foto: Alex Grimm/Getty Images / Esporte News Mundo

Veteranos

Por outro lado, La Roja tem a experiência de jogadores veteranos que ajudaram a seleção em situações adversas. Na lateral-direita, por exemplo, De La Fuente conta com Dani Carvajal e Jesús Navas, dois veteranos que foram importantes quando entraram em campo na competição. 

O lateral do Real Madrid esteve presente em quase todos os jogos da Espanha na Eurocopa, teve boas atuações e se sacrificou no final do jogo contra a Alemanha ao ser expulso. Já Navas, o único remanescente das conquistas da Copa de  2010 e da Euro de 2012 jogou poucas partidas e foi bem quando esteve em campo. 

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Outro veterano que foi importante na campanha foi atacante do Atlético de Madrid, Álvaro Morata, de 31 anos. Ele esteve envolvido em todos os jogos da La Roja até agora na competição, sendo peça chave no ataque mesmo tendo marcado apenas um gol em todo o torneio, que foi um gol importante, pelo fato de ter sido o primeiro da vitória de 3 a 0, na estreia sobre a Croácia. Além disso, ele também deu a assistência para o golaço de Yamal que empatou a semifinal. 

O técnico e conhecimento sobre muitos jogadores 

Luis De La Fuente foi escolhido para treinar a seleção principal da Espanha após uma votação interna que foi realizada por membros da direção da federação de futebol do país. Ele foi anunciado como sendo alguém que conhece  "o presente e o futuro do futebol espanhol". 

Ele não tem a mesma bagagem de futebol que seus antecessores que tiveram sucesso treinando clubes, como o caso de Luis Enrique e Del Bosque. De La Fuente trabalhou por muito tempo na base da La Roja. Em 2013 assumiu a seleção sub-19 e veio a ser campeão europeu dois anos depois, em 2015. Três anos depois subiu de categoria e foi comandar a sub-21 e, em 2019, conquistou a Euro da categoria. 

Neste período, ele conheceu muitos jogadores que jogarão a final do próximo domingo nas seleções de base. Do atual elenco, seis jogadores estiveram em pelo menos uma das conquistas de 2015 e 2019: Dani Olmo, Fabián Ruiz, Merino, Oyarzabal, Rodri e Unai Simón. Quatro deles devem estar no time titular contra a Inglaterra. 

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Luis De La Fuente trabalhou com muitos jogadores nas seleções de base –
Foto: KIRILL KUDRYAVTSEV/AFP via Getty Images / Esporte News Mundo

Todos os jogadores citados acima foram importantes para a seleção espanhola em algum momento da competição. Dani Olmo e Mikel Merino saíram do banco e decidiram contra a Alemanha, nas quartas. Além disso, o meia do Leipzig marcou o segundo gol espanhol contra a França, na semifinal. Enquanto Rodri, Fabián Ruiz e Unai Simón são peças chaves do time titular. 

-Conheço esses jogadores, não cansam de competir, de trabalhar, têm ambição esportiva. É uma honra para mim treinar atletas desse tipo. Eu os conheço muito bem. Alguns ganharam tudo com o clube, e outros ganharam muito nas categorias de base. Me sinto muito seguro com esses jogadores, muito querido, muito amado. Morreria por eles, e sei que eles morreriam por mim também - afirmou o treinador.

Em seu começo de trabalho, o técnico foi muito questionado pela imprensa espanhola por não ter convencido nas primeiras partidas e por ter perdido para a Escócia, fora de casa, na segunda rodada das Eliminatórias para a Euro. No entanto, De La Fuente conseguiu implementar sua filosofia de jogo que queria na seleção principal: liberdade dentro de um contexto de ordem.

Após isso, os resultados começaram a aparecer de forma rápida. La Roja venceu 15 dos 19 jogos desde o início do ano passado, quando teve suas primeiras partidas comandando a seleção adulta. O técnico possui um aproveitamento de 79% de vitórias sob o comando da seleção espanhola. Além disso, conquistou a última Liga das Nações do ano passado, após bater a Croácia nos pênaltis, o que colocou fim a um jejum de 11 sem conquistar títulos. 

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No próximo domingo, a Espanha de Luis De La Fuente, irá enfrentar a Inglaterra na final da Eurocopa 2024, no Estádio Olímpico, em Charlottenburg, distrito de Berlim, às 16h (horário de Brasília). A La Roja busca o seu quarto título da história da competição, querendo se isolar como o país que mais conquistou o torneio continental em sua história.

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