O lema Why always me? (por que sempre eu?) criado por Mario Balotelli em 2011 talvez nunca tenha se encaixado tão bem como nesta quarta-feira. Sempre envolvido em polêmicas, desta vez o irreverente atleta não teve culpa. Durante entrevista do responsável da aviação civil da Malásia, o atacante do Milan foi “comparado” aos passageiros suspeitos que embarcaram no Boeing 777 da Malasian Airlines que despareceu no último sábado durante um voo em direção a Pequim.
O voo MH370 de 8 de março desapareceu dos radares uma hora após decolar de Kuala Lumpur, na Malásia, com 239 pessoas (227 passageiros). As autoridades não descartam nenhuma hipóteses sobre o desaparecimento do avião, nem mesmo que o jato tenha sido sequestrado.
A hipótese de sequestro e terrorismo surgiu após descobrir-se que dois passageiros embarcaram no avião com passaportes roubados: um austríaco e um italiano. E é aí que entra Balotelli. Azharuddin Abdul Rahman, chefe da aviação civil da Malásia, acabou cometendo uma gafe ao falar sobre os suspeitos.
“Os dois passageiros que vimos no vídeo confirmam que não eram homens com características asiáticas”, disse Rahman, antes de dar as características dos suspeitos. “Vocês conhecem o futebolista chamado Bartoli? É um italiano. Vocês sabem como ele é? Ah, isso... Balotelli!”, acrescentou.
No momento das declarações de Rahman, Balotelli, que coleciona polêmicas ao longo da curta carreira, também estava em uma viagem aérea: a caminho da Espanha, onde o Milan perdeu nesta terça-feira para o Atlético de Madrid por 4 a 1 e foi eliminado nas oitavas de final da Liga dos Campeões da Europa.