Na trilha de Di Stéfano! Messi fica a um título de lenda

Ídolos maiores de Real Madrid e Barcelona, argentinos líderes de dinastias espanholas estão separados agora por um título europeu

7 jun 2015 - 11h38
(atualizado em 11/6/2015 às 17h21)

A vitória por 3 a 1 sobre a Juventus no Estádio Olímpico de Berlim deu ao Barcelona seu quinto título da Liga dos Campeões, o quarto nos últimos nove anos. Essa dinastia europeia pode ter um responsável apontado, ao menos para as últimas três taças. O craque Lionel Messi esteve presente em todas as conquistas, e foi protagonista em 2008/09, 2010/11 e agora em 2014/15, liderando o clube catalão ao patamar de maior do século XXI.

Tamanho brilho do argentino traz lembranças e um compatriota seu do passado, cujos feitos ele está a caminho de igualar. No final dos anos 1950, Alfredo Di Stéfano, sul-americano, mas com vínculo fortíssimo à Espanha, era a cara do Real Madrid que foi pentacampeão consecutivo nas cinco primeiras edições da Copa dos Campeões da Europa, torneio que mudou de nome e passou a se chamar Champions League.

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Messi, criado na Espanha desde o final da infância, jamais vestiu a camisa da seleção espanhola como fez Di Stéfano, mas tem um vínculo inegável com o país e está a caminho de igualar o feito do ídolo madrileno. Com apenas 27 anos, o camisa 10 conquistou o seu próprio tetra e tem plenas condições de ir atrás do penta nos próximos anos, pois a base do seu time é jovem e não deve ser muito alterada no futuro.

Com gol de Neymar, Barcelona conquista Liga dos Campeões
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A diferença crucial entre os argentinos de eras distintas do futebol é que Di Stéfano começou a jornada de conquista europeia aos 29 anos e deixou seu gol em todas as cinco decisões que disputou - Messi marcou em apenas duas e perdeu a chance de se isolar como o único com gols em três finais, feito que seria recorde em competições europeias.

A falta de um gol contra Buffon na final desta edição da Liga dos Campeões impediu também que o camisa 10 desgarrasse na artilharia histórica da Liga dos Campeões. O argentino realiza um duelo particular nas últimas temporadas com o português Cristiano Ronaldo, somando um total de 77 gols, mesmo número da estrela atual do Real Madrid.

Quatro vezes melhor do mundo, Messi é, com poucas brechas para discussão, o maior jogador da história do Barcelona e sua lenda deve seguir crescendo no futuro. Após dar sinais de estagnação e até regressão como jogador entre 2012 e 2014, o camisa 10 rejuvenesceu na temporada encerrada no último sábado.

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De volta à ponta direita, onde iniciou a carreira, o argentino reencontrou suas arrancadas espetaculares, como a que fez contra o Athletic Bilbao na final da Copa do Rei, e voltou a mostrar que está em um patamar diferente aos outros craques da realidade.

Jogador mais prolífico do lendário trio MSN, Messi terá nos próximos anos a chance de cravar seu nome de forma ainda maior na história do futebol mundial. Suárez é um pouco mais velho do que ele e Neymar quatro anos mais jovem, ou seja, a parceria de 122 gols em 2014/15 tem um futuro próspero pela frente.

Ataque formado por Messi, Suárez e Neymar foi responsável por 122 gols na temporada
Ataque formado por Messi, Suárez e Neymar foi responsável por 122 gols na temporada
Foto: Patrik Stollarz / AFP

O total de 58 gols no Campeonato Espanhol, Copa do Rei e Liga dos Campeões, mais a Tríplice Coroa no ano, deixam Messi nadando de braçada para levar sua quinta Bola de Ouro da Fifa. Apenas mais um troféu para o pequeno argentino, 1,70 m, que elevou seu clube a um patamar na Europa que apenas o Real Madrid da década de 1950 alcançou.

Papa-recordes e muito bem assessorado nos próximos anos, não é de se duvidar que Messi possa alcançar o argentino possa alcançar, se não ultrapassar, o argentino mais vitorioso da história do futebol europeu.

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Fonte: Terra
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