Com uma história de altos e baixos com a camisa da Espanha, Morata deixou de lado as críticas e conquistou a Eurocopa 2024 como capitão de sua seleção. No entanto, o jogador revelou que travou uma batalha na busca pela saúde mental e teve depressão antes da competição.
Além disso, o atacante, do Milan, revelou que chegou a duvidar se conseguiria voltar aos gramados após uma série de crises. Ele citou que apesar de ter a carreira dos sonhos, ao ter atuado em clubes como Real Madrid, Chelsea, Juventus e Atlético de Madrid, enfrentou uma luta diária.
"Quando você tem momentos realmente difíceis, de depressão e ataques de pânico, não importa qual trabalho você faz, qual situação de vida, você tem outra pessoa dentro de si que você tem que lutar contra todos os dias e todas as noites. Passei por um momento muito ruim, pensei que não conseguiria entrar em campo novamente", contou.
"Três meses antes da Eurocopa, eu estava pensando se conseguiria jogar outra partida. Eu não sabia o que estava acontecendo comigo, mas é muito difícil e delicado. Naquele momento, você percebe que o que você mais gosta no mundo é o que você mais odeia, é complicado. Para mim, deixar a Espanha seria a melhor opção, porque eu não aguentava mais", completou.
Luta diária contra a depressão
O atacante relatou que as críticas invadiam sua privacidade e muitas vezes atrapalhava momentos do jogador com os filhos. Dentre os motivos, estavam piadas nas ruas e constrangimento na frente dos familiares, que afetavam diretamente a saúde mental do atleta.
"Você tem que passar uma imagem porque é seu trabalho. Passei por uma fase muito ruim, eu explodi e chegou um momento em que eu não conseguia amarrar minhas chuteiras, e quando eu conseguia eu corria para casa porque minha garganta fechava e minha visão começava a ficar turva", disse.
"Toda vez que eu saía com eles (a família) eu sempre tinha algum episódio. Às vezes sem maldade, com as pessoas falando sobre algo que tinha acontecido em jogos anteriores. E, no final, eles também não queriam ir às compras, coisa que um pai normal faz com os filhos. Chegou um momento em que me disseram tantas coisas na frente deles que fiquei com vergonha de estar com meus filhos. Eu era uma piada fácil, uma piada para fazer a pessoa ao seu lado rir", acrescentou o jogador espanhol.
Por fim, Morata revelou que colegas do antigo clube Atlético de Madrid, como o técnico Diego Simeone, o jogador Koke e o diretor geral Miguel Ángel, o ajudaram a se reerguer e seguir com a carreira.
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