A polícia de Turim conseguiu identificar 171 torcedores que cometeram atos de injúrias raciais contra o atacante belga Lukaku. O caso ocorreu na ida da semifinal da Copa da Itália, em partida realizada entre Inter de Milão e Juventus, e ocasionou uma grande discussão entre alguns jogadores.
Os torcedores identificados serão banidos pela Juventus de entrar no estádio, além de receberem multas por violar as regras de espaços esportivos da Itália. As investigações ainda não chegaram ao fim e podem incriminar ainda mais apoiadores da Velha Senhora.
Já nos acréscimos do encontro, Cuadrado marcou o que parecia ser o gol da vitória da Juve. Porém, o brasileiro Bremer cometeu pênalti. Lukaku, antes, durante e depois da cobrança, foi alvo de xingamentos de "macaco de m****" e sons que faziam referência a macacos. Torcedores que filmavam a cobrança acabaram flagrando as ofensas claramente. Lukaku converteu o pênalti e comemorou com sinal de silêncio, em resposta à torcida da Juve, sendo expulso junto com Cuadrado e Handanovic.
A Inter de Milão havia entrado com um recurso junto à Federação Italiana de Futebol (FIGC) para permitir que o centroavante jogasse a partida da volta. O argumento da Nerazzurri era de que a comemoração já havia sido feita antes, sem sanções desportivas. A entidade havia negado o pedido, mas voltou atrás e retirou a expulsão de Lukaku como uma forma de mostrar seu posicionamento na luta contra o racismo no país.
Com a liberação, Lukaku estará em campo pela Inter nesta quarta-feira para o segundo jogo. Quem vencer avança para a final; um novo empate levará a disputa para a prorrogação. O time classificado terá Fiorentina ou Cremonese na decisão. A Viola, no primeiro jogo, bateu a Grigiorossi por 2 a 0.
