Os escritórios de administração do Ministério das Finanças da França foram revistados, na última segunda-feira (15), devido às supostas irregularidades envolvendo a ida de Neymar do Barcelona ao Paris Saint-Germain, em 2017. As autoridades locais investigam suspeitas de infrações tributárias em relação ao negócio, que definiu a transferência do brasileiro ao clube parisiense.
Durante as investigações, a Justiça da França acusa o Ministério das Finanças de tratamento favorável ao PSG por meio de "favores fiscais", economizando milhões de euros em impostos ligados à transação. A polícia também desconfia do clube ter usado "tráfico de influência", com o objetivo de burlar o pagamento de taxas.
O portal Mediapart noticiou, em primeira mão, a operação, que foi acompanhada pelos juízes de instrução Vincent Lemonier e Serge Tournaire.
Até o momento, o Ministério das Finanças da França e o Paris Saint-Germain não se pronunciaram sobre as inspeções feitas pelas autoridades do país.
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A TRANSFERÊNCIA
Depois de quatro temporadas na Espanha, Neymar surpreendeu o mundo ao se transferir do Barcelona para o PSG, em agosto de 2017, com o desejo de ser o protagonista do time francês. O valor total da transação foi de 222 milhões de euros (R$ 812 milhões na cotação da época), sendo, até hoje, a contratação mais cara da história do futebol mundial.
Em setembro de 2022, surgiram as primeiras investigações acerca de pessoas com possíveis participações irregulares no negócio. Os suspeitos são o ex-diretor de comunicação do PSG, Jean-Martial Ribes, de 57 anos, e o ex-membro da Assembleia Nacional Hugues Renson, de 45 anos.