O Japão decidiu não ser mais sede do Mundial de Clubes da Fifa de 2021, que está marcado para acontecer entre 9 a 19 de dezembro. A informação foi divulgada pela agência japonesa Kyodo News e agora a entidade estuda uma nova sede para a competição.
Essa decisão foi tomada depois que a Associação Japonesa de Futebol (JFA, na sigla em inglês) teria que realizar mudanças em seu calendário doméstico por conta do conflito que causaria com o torneio mundial de clubes e os jogos finais das Eliminatórias Asiáticas da Copa do Mundo de 2022, que será no Catar.
Recentemente, o Japão cancelou o GP de Fórmula 1 em 2021 que seria realizado no circuito de Suzuka, por causa do avanço dos contágios e mortes da covid-19. Os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio-2020 foram realizados sem a presença de torcida nas arenas.
O torneio voltaria ao Japão depois de quatro edições: em 2017 e 2018, os Emirados Árabes Unidos foram a sede e os dois últimos ocorreram no Catar. O Japão é o país que mais vezes recebeu o Mundial de Clubes organizado pela Fifa, oito. O país também sediou, entre 1980 e 2004, a antiga Copa Intercontinental, que reunia os campeões da Copa Libertadores e da Liga dos Campeões da Europa e, posteriormente, foi reconhecido pela Fifa como Mundial.
A expectativa é de que a Fifa se pronuncie oficialmente nos próximos dias para confirmar o cancelamento. Este anúncio deverá ser feito apenas quando houver decisão quanto à nova sede para o Mundial de Clubes.
Teoricamente, a edição deste ano será a última com o formato atual com os campeões continentais e o campeão nacional do país anfitrião se enfrentando em jogos mata-mata. No momento, apenas o Al Ahly, do Egito, e o Auckland City, da Nova Zelândia, estão confirmados para a disputa.
O novo formato do Mundial de Clubes deverá ser realizado a partir do próximo ano com a presença de 24 clubes divididos em grupos, em formato de quatro em quatro anos que teria diversas semelhanças com a Copa do Mundo de seleções.
A Fifa ainda não definiu uma lista de possíveis candidatas, mas existem pontos negativos para que o Brasil receba o Mundial de Clubes, principalmente por causa da atual imagem manchada no futebol após os problemas de Brasil x Argentina.
Outro ponto que joga contra o Brasil é o fato da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) estar com um presidente interino, sem demonstrar força política diante do futebol sul-americano.
No entanto, a provável liberação da presença de torcida com toda a capacidade dos estádios nas cidades-sede, o avanço da vacinação e a diminuição atual do contágio e das mortes de covid-19 no país e a infraestrutura pronta com diversos estádios construídos na Copa do Mundo de 2014 podem ser fatores favoráveis ao Brasil.