O futebol brasileiro ganhou destaque em uma publicação britânica. Com ênfase para o título do Botafogo na Copa Libertadores, o jornal The Economist ressaltou a força do País no continente sul-americano e reforçou o poder das SAFs.
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Ao definir a inédita conquista do Glorioso como histórica, a publicação apontou o time de General Severiano como “eterno azarão”. Dos lendários elencos das décadas de 1960 e 1970 ao buraco financeiro de mais de R$ 1 bilhão em dívidas e receitas anuais de apenas R$ 151 milhões, em 2020, o jornal não esqueceu da reviravolta do alvinegro com a chegada de John Textor.
Com uma frase de Daniel Vorcaro, presidente do Banco Master, co-proprietário do Atlético-MG, o Campeonato Brasileiro também é apontado como uma das potências do futebol. “Nós temos tudo no Brasil para nos tornarmos algo como a Premier League”, diz o empresário em trecho destacado pelos britânicos.
Apesar dos sucessos das SAFs de Botafogo, Cruzeiro e Atlético-MG, o modelo de gestão não é tido como uma salvação. Neste caso, a compra do Vasco da Gama pelo grupo norte-americano de investimentos 777 Partners é mencionada.
Fora do Brasil, porém, modelos semelhantes aos das SAFs tiveram resultados frustrantes em países como Chile e Colômbia. O principal fator que favorece o Brasil é o tamanho do mercado consumidor, conforme explica Irlan Simões, do Observatório Social do Futebol da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) à publicação.
O jornal também aponta outros fatores para o distanciamento do futebol brasileiro para o restante da América do Sul. Um deles é a entrada de dinheiro de patrocínio de casas de apostas esportivas nos clubes.