A possibilidade da anulação da certidão de óbito de Eliza Samúdio pode culminar com o habeas corpus de Bruno Fernandes, ex-goleiro do Flamengo e um dos acusados pela morte da modelo. Desembargadores aceitaram o pedido feito pela defesa do ex-jogador. Ainda não há data para o novo julgamento.
O caso da morte da modelo e atriz Elisa Samúdio pode ganhar mais alguns capítulos, mesmo depois da condenação do ex-goleiro Bruno, o ex-policial Marcos Aparecido dos Santos, o “Bola” e Luiz Henrique Ferreira Romão, o “Macarrão”.
A anulação da certidão de óbito é o primeiro passo da defesa em busca de conseguir obter a liberdade dos acusados. Na prática, a anulação da certidão de óbito anula também o crime. Se não há crime não há acusado. Assim, Bruno e os demais seriam colocados em liberdade.
Embora os desembargadores Eduardo Brum, Doorgal Andrada e Corrêa Camargo tenham aceitado o pedido de anulação do documento, a data desse julgamento ainda não foi definida.
Essa é a segunda vez que a defesa do ex-goleiro pleiteia a anulação da certidão de óbito de Eliza Samúdio. Em 2013 a juíza de Contagem Marixa Rodrigues já havia negado o pedido. A mesma juíza foi quem determinou a expedição do documento, baseada num pedido da Promotoria. Para os advogados de Bruno, a magistrada não poderia ter negado o recurso. Agora, a 4ª Câmara Criminal vai analisar o pedido.
Eliza foi vista pela última vez no sítio do ex-goleiro, em Esmeraldas. Ela tinha um filho de Bruno e desapareceu quando foi ao imóvel do acusado. Inúmeras versões sobre seu desaparecimento surgiram durante os depoimentos, como a de que seu corpo havia sido comido por cães e os ossos concretados. Porém, nunca foi encontrado nenhum vestígio de Eliza.