Com um gol de um personagem que entrou no decorrer da partida - Lima -, o Fluminense venceu o Atlético-MG por 1 a 0, no Maracanã, e saiu com uma boa vantagem nesse confronto de 180 minutos válido pelas quartas de final da Libertadores.
O duelo vale a vaga nas semifinais e o Fluminense conquistou uma vitória magra, mas que para muitos pode significar uma vantagem interessante, já que agora poderá jogar pelo empate - apesar de não valer a pena correr esse risco - no jogo de volta em Belo Horizonte.
O técnico Mano Menezes fez questão de enfatizar a dificuldade do confronto e valorizar o trabalho do adversário. Com isso, abriu a sua coletiva pós-jogo comentando sobre a partida.
"Foi um jogo grande, não apenas pelo tamanho, mas na disputa das duas equipes. Esperávamos um jogo dessa dificuldade. Jogamos contra uma equipe que tem a maior posse bola disparada no Brasileirão. Então, você tinha que pressionar essa equipe para fazer um contra-ataque sem dar tanto espaço. Os atacantes deles são muito bons, e a gente precisava entender isso, e acho que entendemos. A equipe estava ansiosa, talvez pelo tamanho do jogo. Eu fiquei muito contente com a resposta que a equipe deu, com todos os jogadores que iniciaram, com todos os jogadores que entraram."
O treinador ainda explicou o momento descontraído após o gol de Lima, onde se virou para a torcida e mandou um beijo para um torcedor que, segundo o Mano, estava cobrando o técnico intensamente.
"Gol é sempre um momento de extrema felicidade, ainda mais um gol no final. É coisa boa mesmo que desejei para ele. Na mesma proporção que ele estava desejando para a gente. A nossa razão de existir, pela qual nós entramos em campo, de tudo que a gente faz, além de ser o nosso trabalho, é o torcedor. Se ele não existir, não tem razão nenhuma da gente trabalhar no futebol."
Outros trechos da coletiva de Mano:
Valorização do Lima
Existem jogadores supervalorizados no futebol brasileiro e existem os subvalorizados. Lima está entre esses que são subvalorizados. Ele faz quase tudo certo que a gente precisa que ele faça. Você coloca de extrema (ponta), ele sabe fechar para fazer um bom meio e tem qualidade. Define bem, passa bem, domina bem. Se você coloca de volante, como foi possível colocar hoje, porque tínhamos o controle do jogo naquele momento, tínhamos volume para colocar um meia de volante, e ele faz bem. Então, o Fluminense não foi campeão da Libertadores no ano passado à toa. Ele foi porque tem elenco composto de jogadores como Lima. Nos momentos mais importantes eles dão a sua participação para a equipe. Isso nos deixa muito contente. - afirmou Mano.
Sobre a vantagem no placar
É um jogo dividido em duas partes. A primeira parte a gente fez bem, está vencendo de 1 a 0. Pode empatar a segunda parte, que é essa vantagem que a gente leva. Só que não dá pra sair daqui de casa pensando em empatar um jogo desse tamanho. Se terminar empate no final a gente aceita porque vai nos dar a vaga. A gente quer construir um jogo no nível ou até melhor do que o jogo que fizemos aqui. Acho que podemos fazer. É um jogo em outras circunstâncias, o adversário também vai ter que te atacar, o adversário também vai ter que se expor e isso pode dar um espaço maior. A maior dificuldade que a gente teve no primeiro tempo foi que não havia muito espaço para a gente construir nossas jogadas em função de uma equipe que marcou forte, que vem adotando esse critério de quase de perseguição individual até determinados momentos do campo. E aí a gente sofreu um problema. Vamos saborear a primeira parte, mas com os pés no chão, com a cabeça no lugar, sabendo que teremos que fazer um grande jogo na segunda parte.
.
