Quatro jogadores de River Plate foram diagnosticados com ceratite química (inflamação na córnea), após o final escandaloso que teve o superclássico diante do Boca Juniors, nesta quinta-feira, válido pela volta das oitavas de final da Copa Libertadores da América.
Leonardo Ponzio, Leonel Vangioni, Ramiro Funes Mori e Matías Kranevitter foram levados ao Instituto de Diagnóstico do estádio, onde foram examinados. O diagnóstico apontou que eles têm ceratite química, inflamação provocada quando produtos químicos entram em contato com a córnea - parte transparente e protetora do olho. Assim, a equipe médica do time determinou "um repouso de 72 horas" aos quatro atletas.
O elenco de River sofreu um ataque quando voltava ao campo da Bombonera, depois do intervalo, através do túnel que é inflado para proteger os jogadores da torcida adversária. Fãs do Boca Juniors, contudo, teriam lançado gás de pimenta dentro do local, o que impediu com que os jogadores do River tivessem condições de disputar o segundo tempo.
O zagueiro Funes Mori relatou toda a dificuldade de enxergar depois de ter sido atingido pelo gás de pimenta atirado no túnel de acesso dos visitantes ao gramado. "Isso é uma vergonha, lamentável. Não posso ver, estou com pouca visão. Tenho os olhos ardendo", reclamou o jogador.
Depois deste confuso episódio, as equipes tiveram que esperar uma hora e 14 minutos antes de poderem se retirar para seus respectivos vestiários. O River só pôde deixar o estádio de La Bombonera depois das 2h (locais), porque teve que esperar que os torcedores locais se retirassem.
O secretário de segurança da Nação, Sergio Berni, qualificou o esquema de segurança como "bem-sucedido" e acrescentou: "A responsabilidade é unicamente do Boca. É indiscutível isso, houve negligência por parte do clube na hora de gerir a segurança interna".
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Diante deste inesperado cenário, a Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) deverá resolver ainda nesta sexta-feira a definição desta série das oitavas de final da Copa Libertadores. No momento da suspensão, o placar apontava 0 a 0, resultado que favorece o River, graças à vitória por 1 a 0 na partida de ida.
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O clássico entre Boca Juniors e River Plate, pelas oitavas de final da Copa Libertadores, tinha tudo para ser um grande jogo, mas se tornou um fiasco, atrapalhado por spray de pimenta, drone e outros fatos lamentáveis. Ponzio (dir.) foi um dos jogadores que mais sentiu dor por causa do spray de pimenta
Foto: Natacha Pisarenko
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Problemas ocasionados pelos torcedores do Boca foram os responsáveis pelo adiamento do jogo
Foto: Ivan Fernandez
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Jogadores buscaram alívio com água, mas demoraram para se recuperar
Foto: Juan Mabromata
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Após o intervalo, jogadores do River voltaram com ardência nos olhos e no nariz, além de manchas vermelhas nas camisetas e no corpo
Foto: Natacha Pisarenko
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Presidente do River, Rodolfo D'Onofrio entrou em campo para discutir a situação
Foto: Alejandro Pagni
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Cavenaghi deixa o campo protegido pelos escudos da polícia
Foto: Iván Fernández
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Delegado da Conmebol, Roger Bello (centro) conversa com o árbitro do duelo, Dario Herrera
Foto: Victor R. Caivano
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Técnico do River, Marcelo Gallardo teve bastante dificuldade para deixar o campo do Boca
Foto: Natacha Pisarenko
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Primeiro tempo do jogo terminou 0 a 0, com muitas faltas e brigas dos jogadores em campo
Foto: David Fernandez
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A festa da torcida do Boca até começou bonita
Foto: Marcos Brindicci
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A brincadeira do "fantasma da Série B" é comum na Argentina desde 2011
Foto: David Fernandez
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Drone voou perto da torcida e até do gramado
Foto: Ivan Fernandez
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Driussi usa toalha para tentar aliviar sensação deixada pelo gás
Foto: David Fernandez
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Martinez e outros jogadores do River ficaram com dificuldades para abrir os olhos após o intervalo
Foto: David Fernandez
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Ponzio mostra no rosto o estado que os atletas do River ficaram após gás de pimenta
Foto: Juan Mabromata
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Drone do "Fantasma de la B" apareceu no pior momento possível