Atual técnico do Gimnasia La Plata, da Argentina, o ídolo Diego Armando Maradona está confinado em sua casa, em Buenos Aires, por conta da pandemia do novo coronavírus. Mas o craque não deixa de dar suas opiniões sobre o que acontece no mundo do futebol. Neste sábado, em entrevista ao jornal argentino El Día, comentou mais uma vez sobre a situação do brasileiro Ronaldinho Gaúcho, seu amigo, que está em prisão domiciliar em um hotel de Assunção, no Paraguai.
Maradona, admitindo estar triste com o ocorrido, fez questão de ressaltar que defenderá o ex-jogador até o fim. "Claro que fico triste. Não é um delinquente, ele só foi trabalhar. Seu erro é ser ídolo, parece... é meu amigo e o apoio até a morte", afirmou sobre o amigo que foi detido depois da polícia local descobrir que ele e o irmão Roberto Assis portavam documentos com conteúdo falso para entrar no país.
Detidos desde o dia 6 de março no Paraguai, Ronaldinho Gaúcho e seu irmão tiveram que desembolsar R$ 8,37 milhões como garantia para que pudessem deixar o presídio de Assunção, onde ficaram por mais de um mês. Desde então, a dupla está em prisão domiciliar em um hotel na região central da capital paraguaia.
A investigação tributária conduzida por autoridades paraguaias busca determinar em que contexto os documentos falsificados foram emitidos e qual o objetivo de seu uso no país, ambos tendo processado a sua própria documentação brasileira.
Na mesma entrevista, Maradona comentou sobre sua rotina em isolamento social e a relação com o Gimnasia La Plata, que antes da paralisação do futebol por conta da pandemia da covid-19 estava lutando contra o rebaixamento no Campeonato Argentino.
"Com o trabalho que estávamos fazendo, não tinha dúvidas que íamos sair da zona do descenso. Todavia, falta saber que medidas a AFA (Associação de Futebol Argentino) tomará. Nós, da comissão técnica, seguimos planejando com força para estarmos preparados para qualquer cenário possível", declarou o treinador.