Por mais de duas décadas a dupla de repórteres Mauro Naves e Tino Marcos acompanhou Galvão Bueno nas transmissões dos jogos da Seleção brasileira. Passaram por dezenas de países, um sem-número de estádios, centenas de voos, e criaram um acervo afetivo com o locutor da TV Globo, que anunciou sua despedida do ofício para depois da Copa do Catar.
Eles lamentam que Galvão não continuará mais como porta-voz da Seleção brasileira mundo afora. Mas comungam de uma opinião: o narrador ainda vai brindar os fãs com algum projeto mais específico.
“Ele é a voz da Seleção e do esporte brasileiro, vai deixar uma saudade insuportável. Mas tenho certeza que a gente vai continuar a se deleitar com Galvão por muitos anos em outras frentes”, disse Tino.
Galvão e Luciano do Valle, que morreu em 2014, foram sempre as referências de Mauro Naves como principais narradores da TV brasileira, ícones na atividade. Também pego de surpresa com a decisão do amigo e companheiro de tantas jornadas, Naves lançou um desafio em forma de aposta.
“Galvão é ativo demais, elétrico demais para ficar em casa só dando aulas de como fazer um belo churrasco e degustar vinhos. Ele ainda tem vida longa na TV, só não sei exatamente como isso vai se dar”, declarou.
Os dois gigantes do jornalismo esportivo, em contato com o Portal Terra, também falaram da afinidade com Galvão. “É um amigo de quem guardo muito carinho”, continuou Naves.
“Ele é como se fosse uma pessoa da minha família, em função de tudo que a gente viveu junto durante tanto tempo, muito próximo também dos brasileiros, as pessoas amam o Galvão pela entrega que ele teve a vida inteira”, concluiu Tino.