Jogador mais talentoso da Seleção brasileira dos últimos 12 anos, Neymar faz 30 anos nesse sábado (5) ainda distante do papel que lhe foi atribuído no início da década passada. Pelo seu potencial, rara habilidade, dribles e gols, muitos deles espetaculares, esperava-se um pouco mais do craque ao longo das últimas temporadas e principalmente na condução da Seleção à conquista de mais um título mundial.
Em 2010, embora já se destacasse bastante pelo Santos, não conseguiu convencer o técnico Dunga a levá-lo para a Copa na África do Sul. Quatro anos depois, no entanto, surgia como a grande referência do Brasil para ganhar o Mundial em território nacional. Não esteve, é verdade, no fiasco dos 7 a 1 da Alemanha nas semifinais porque teve uma lesão no jogo anterior, contra a Colômbia.
Naquele período, já atuava pelo Barcelona, com atuações de encher os olhos dos catalães, apesar de sempre na condição de coadjuvante de Lionel Messi.
No Mundial da Rússia, em 2018, mais uma vez a esperança do torcedor brasileiro recaiu sobre ele, que não teve desempenho suficiente para frear o ímpeto da Bélgica, responsável pela eliminação da Seleção nas quartas de final.
Neymar já tinha trocado o Barcelona pelo PSG, transação que se deu em 2017, e iniciava uma trajetória que prometia elevar o clube francês ao topo do futebol europeu. Mas, novamente encostado por causa de lesões e, por isso, afastado de partidas decisivas, não obteve sucesso. Acrescente-se a isso a quantidade de polêmicas extracampo em que se envolveu desde que passou a morar em Paris.
O ano de 2022, porém, pode celebrar essa consagração. O PSG, muito forte, é um dos favoritos ao inédito título da Liga dos Campeões, e o Brasil, como sempre, chegará a mais uma Copa do Mundo, a do Catar, em novembro, na lista dos principais candidatos ao primeiro lugar. Duas oportunidades de ouro para Neymar.