Vira e mexe vem à tona o projeto do Flamengo de construir seu próprio estádio. O local preferido é na região central do Rio, conhecido como gasômetro. A ideia é que a arena, avaliada em R$ 2 bilhões, tenha capacidade para, no mínimo, 100 mil pessoas.
O Fla está decidido a investir nessa empreitada. Caso ela se concretize, o Maracanã perderia bastante prestígio. Um dos mais famosos estádios do mundo, situado na zona norte carioca, o Maracanã só sobrevive hoje graças aos jogos do Rubro-Negro.
Todos as partidas do Fla ali representam praticamente a lotação do estádio. O Flu também usa a arena, mas o público médio em seus jogos não é capaz de ocupar a metade das cadeiras.
Por mais que haja interesse do Vasco em firmar acordo com o governo do Estado para uso do Maracanã, a fim de pelo menos dividir a gestão do estádio, o que depende do processo de concessão, hoje sob responsabilidade de Fla e Flu e com validade até março, é difícil supor que o Vasco deixaria São Januário em segundo plano.
Como o Botafogo se dá por satisfeito com o Engenhão, o Maracanã corre o risco de ter de se reinventar tão logo o sonhado estádio do Fla esteja pronto. Uma saída seria abrigar seu espaço para megashows, priorizando eventos musicais em detrimento de grandes jogos – medida que o descaracterizaria.