Vinícius Júnior tirou o gosto amargo da derrota na Bola de Ouro ao ser eleito o melhor jogador do mundo do Fifa The Best 2024. O prêmio entregue pela revista France Football a Rodri, do Manchester City, há pouco menos de dois meses é mais charmoso, de fato. O pequeno troféu concedido pela entidade máxima do futebol, entretanto, sai na frente por ser mais democrático na escolha.
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Enquanto a Bola de Ouro considera apenas um seleto grupo de jornalistas, o prêmio entregue ao camisa 7 do Real Madrid atende aos desejos de técnicos, capitães, membros da imprensa e torcedores. Ou seja, toda a engrenagem do futebol participa da escolha, da maneira que deve ser.
O que não se pode esquecer são as diferentes maneiras com que acompanhamos o esporte. Para quem prefere o ‘futebol arte’, com dribles, gingado e, claro, bola na rede, Vini é o verdadeiro craque da temporada, independentemente de premiações.
Os 26 gols e 11 assistências em 49 partidas do craque revelado pelo Flamengo não mentem. Atuações essas que levaram o Real Madrid aos títulos da Supercopa da UEFA, La Liga, Supercopa da Espanha e da Liga dos Campeões da Europa.
Rodri, por sua vez, tem um futebol mais discreto, mas não necessariamente menos eficiente. Seus 12 gols e 14 assistências em 63 jogos na última temporada ajudaram o Manchester City a levantar o troféu da Premier League, e a Seleção da Espanha a Eurocopa.
Mais do que pelos números da última temporada, a importância de Rodri fica mais explícita com a sua ausência. Com o espanhol fora dos gramados por causa de uma lesão no joelho direito, o time de Pep Guardiola ainda não se encontrou no ano e amarga uma série de oito derrotas nos últimos 11 jogos.
Além das atuações nas quatro linhas, o extra-campo dos dois não pode ser deixado de lado. Enquanto Rodri prefere se restringir ao papel de jogador de futebol e sequer tem redes sociais, Vini quer fazer a diferença e, constantemente, bate de frente com o sistema em sua luta contra o racismo, para desagrado de alguns.
As diferenças mostram que os dois são merecedores do troféu, no entanto, no mais democrático, o Brasil venceu. Mesmo com essas nuances na votação, o ‘pódio’ das duas premiações foi o mesmo, apenas com a inversão de posições de Vini e Rodri. Jude Bellingham, do Real Madrid, foi o terceiro colocado em ambas.
