A Globo volta a ser alvo de investigação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O órgão retomou um inquérito que envolve um suposto monopólio do grupo de comunicação em transmissões de jogos no país. Assim, as diligências voltaram à tona no dia 27 de dezembro do ano passado e serão válidas até março de 2025.
De acordo com ofícios que a coluna "f5", da "Folha de São Paulo", teve acesso, o Cade optou por reacender a investigação por alegar que será necessário um prazo para avaliar os relatos que foram colhidos.
"Existe robustez em tudo colhido que necessita ser olhado com calma", apontava a resolução.
O Conselho Administrativo de Defesa Econômica paralisou o inquérito em julho de 2023. Na oportunidade, aliás, a entidade governamental encaminhou 34 documentos para clubes e a Warner Bros Discovery. O contato teve como objetivo colher informações sobre contratos do Campeonato Brasileiro entre 2019 e 2024.
Posteriormente, o Cade solicitou que os clubes ou até mesmo a empresa que receberam o comunicado informassem qualquer contratempo com a Globo. Apenas o Flamengo e a Warner relataram episódios contrários com a companhia da família Marinho. Em encontros com o Conselho Administrativo de Defesa Econômica, a Warner admitiu que houve a rescisão de um contrato com o Campeonato Brasileiro. Uma das razões citadas foram contextos conflitantes que a Globo provocou.
Globo recebe denúncias de tentativa de interferência
Cuiabá, São Paulo, Vasco e Vitória foram alguns clubes que responderam indagações do Cade. No fim de agosto do ano passado, o clube da Gávea enviou um documento ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica. Portanto, o Flamengo decidiu denunciou interferência da Globo ao tentar exibir jogos em seu próprio streaming, em 2020.
O Cade conduz diligência sobre o caso desde 2021. Em sua defesa, a Globo descarta qualquer tentativa de promover monopólio. Na verdade, o grupo de comunicação argumenta que houve fragmentação dos direitos de transmissão. Um exemplo disso é o próprio Campeonato Brasileiro que teve os seus direitos adquiridos pelo Record por três anos, a partir de 2025.
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