Com técnica apurada e talento de sobra, Endrick já é tratado no Palmeiras como um fenômeno e deve render muitos frutos para o clube. Sua participação decisiva na Copa São Paulo de Juniores só fez crescer o mimo dos dirigentes e torcedores palmeirenses por ele. O rascunho de seu primeiro contrato profissional, que poderá entrar em vigor a partir de 21 de julho de 2022, quando o jovem jogador completará 16 anos, já estava redigido antes mesmo da goleada desta terça (25) por 4 a 0 sobre o Santos, na final do torneio.
O Palmeiras sabe que tem em mãos um pote cheio de ouro e há no Allianz Parque quem compare a trajetória inicial de Endrick com a de Neymar no Santos, na primeira década dos anos 2000. Uma das hipóteses em estudo pela direção do clube é a de tentar segurar o camisa 9 por pelo menos dois anos. Depois, tudo indica, a tendência mesmo é que haja uma transferência para o exterior.
É aí que o Palmeiras deslumbra um reforço robusto de caixa e entre os mais otimistas há quem aposte que Endrick pode representar uma virada de página na história do clube, rumo a autossustentação. Claro que esse projeto todo tem de ser conduzido passo a passo, sem atropelar etapas, até para evitar que o sucesso repentino traga algum dano para Endrick, cuja origem é bastante humilde – o pai foi contratado como faxineiro da Academia de Futebol quando Endrick chegou à base do Palmeiras, em 2011.
O clube sabe que ele já despertou o interesse de gigantes europeus – a Copinha, por exemplo, é cobiçada há vários anos por “olheiros” que atuam no mercado nacional e internacional. Como vai ser promovido aos profissionais ainda em 2022 e deve ter oportunidades no time principal, o fenômeno ficará ainda mais na mira do exterior. Para o empresário Wagner Ribeiro, conselheiro de família, a possibilidade de Endrick de deixar o Palmeiras antes de completar 18 anos é muito remota.