Crescem as chances a cada dia de Pedro figurar entre os convocados para a disputa do Mundial do Catar, em novembro e dezembro. Suas atuações pelo Flamengo estão acima de qualquer expectativa e o próprio técnico da Seleção brasileira já faz declarações públicas sobre o potencial dele. Já a fase de Gabigol é um capítulo à parte, com desempenho muito ruim neste segundo semestre.
Para Tite, Pedro tem o diferencial de resolver, com rapidez e inteligência, jogadas de área, como fez nessa quarta (17), na vitória do Fla sobre o Athletico-PR por 1 a 0, na Arena da Baixada. Seu gol, de bicicleta, classificou o Rubro-Negro à semifinal da Copa do Brasil.
Realmente, Pedro surge como uma faísca na área, em que pesem seu jeito um pouco desengonçado e as pernas longas, para, numa fração de segundos, deixar o marcador sem reação e complicar a vida do goleiro adversário.
Ele vem se destacando há pelo menos três meses. Seu rendimento subiu mais ainda com a chegada do técnico Dorival Júnior ao Flamengo, em junho. Dividindo o ataque do time com Gabigol, que sai mais para buscar as jogadas, Pedro atormenta os zagueiros que grudam nele na tentativa de neutralizá-lo. Além de cirúrgico na “última bola”, é bastante técnico.
Carismático e não adepto de comemorações que façam alusão a armas, rajadas, decapitações, etc, o atacante celebra seus gols com um gesto de reverência à torcida. Um exemplo de criatividade também fora da área de jogo. Nesse quesito, Gabigol é outro que não tem o hábito de glamourizar a violência e apenas balança a cabeça de modo ritmado, cruzando os braços, para festejar os gols.