O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) denunciou, nesta terça-feira, 11, o policial penal Marcelo de Lima, que matou o torcedor do Fluminense Thiago Leonel Fernandes da Motta, 40 anos, em um bar próximo ao Maracanã após a primeira partida da final do Carioca entre Flamengo e Fluminense.
De acordo com o MP, os crimes foram praticados por motivo fútil - torpe -, em decorrência das posições políticas expressadas pelas vítimas. Os promotores do caso afirmam que a confusão começou quando o policial penal, que é vascaíno, disse que "petista é igual flamenguista, tudo burro e ladrão".
Segundo a denúncia, Thiago questionou Marcelo sobre as ofensas, iniciando uma discussão entre eles. O MP também considerou "que os crimes foram praticados mediante arma de fogo, o que dificultou a defesa das vítimas, pegas desprevenidas pela ação inesperada do denunciado."
Em outro trecho, o MP alega que Marcelo agiu com "vontade livre e consciente de matar", causando a morte de Thiago e "só não matando a outra pessoa por circunstâncias alheias à sua vontade".
Além de Thiago, o também torcedor do Fluminense Bruno Tonini, de 38 anos, ficou ferido e segue internado na unidade de terapia intensiva (UTI) de um hospital do Rio de Janeiro, em estado grave.
Caso a denúncia seja aceita pela Justiça, o policial responderá pelo crime de homicídio triplamente qualificado.