Com o show do Eric Clapton no Allianz Parque, o Palmeiras precisou de alternativas para mandar a partida contra o Atlético-MG neste sábado. O plano A, a Arena Barueri, comprada por Leila Pereira e adotada como segunda casa do clube, passa por reformas em seu gramado - está sendo implementado o sintético no campo. Com isso, o clube irá mandar a partida do Brasileirão no estádio Brinco de Ouro, do Guarani, em Campinas.
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Será o segundo jogo que o Palmeiras disputa, como mandante, no Brinco de Ouro no Brasileirão. O primeiro, contra o Cuiabá - goleada por 5 a 0 -, rendeu elogios de Abel Ferreira e foi tido como um sucesso da parceria entre Guarani e Palmeiras.
Diversos motivos explicam a decisão do Palmeiras em mandar a partida em Campinas. Além da proximidade com a capital paulista, o clube ficou impressionado com a qualidade das estruturas e do gramado do Guarani. Pelas análises de campo feitas antes do jogo contra o Cuiabá, e pelos elogios de Abel Ferreira, o clube não teve dúvidas quando precisou, novamente, buscar o Guarani para mandar a partida no Brinco de Ouro.
Nesse jogo contra o Atlético-MG, o trabalho será dividido entre funcionários do Guarani e do Palmeiras - 50% de efetivo sendo de responsabilidade de cada clube. Na partida contra o Cuiabá, essa razão foi de quatro funcionários do time campineiro para cada um do Palmeiras. Isso se deve ao tamanho da partida, em que o time alviverde também entrou de vez na briga pelo título nacional.
O Guarani se tornou um parceiro do Palmeiras. Depois do jogo com o Cuiabá, por haver o show do cantor Eric Clapton previsto para o Allianz Parque, o Guarani foi praticamente para voltar a receber a partida. Nenhum outro estádio de São Paulo ou de fora entrou na análise do time alviverde. Além do aluguel pago pelo Palmeiras, o clube também irá bancar os custos de operação do Brinco de Ouro - contra o Cuiabá, ficaram por volta de R$ 300 mil.
A qualidade do gramado é o principal diferencial para a escolha do Brinco de Ouro. Além dos elogios de Abel, o Atlético-MG se mostrou impressionado quando fez os primeiros reconhecimentos do estádio. Além desses, o Estadão apurou que outros clubes estão em contato com o Guarani para mandar jogos em Campinas. Para o clube, a visibilidade é vista como o principal fator para ceder seu estádio, já que a equipe não disputa a Série A do Campeonato Brasileiro desde 2010.
Como resposta a esse interesse, o Guarani trabalha junto ao Corpo de Bombeiros para expandir a capacidade do Brinco de Ouro para mais de 20 mil torcedores - contra o Cuiabá, mais de 16 mil torcedores alviverdes estiveram no estádio. O clube também instalou a grama de inverno neste mês. Para preservar a qualidade do campo, suspendeu a utilização durante a Data Fifa.
"Desde que voltamos para a Série B, mudamos nosso conceito na questão do gramado. Nós entendemos que um palco bem trabalhado facilita os jogos. O Guarani tem buscado ser referência nesse sentido. Já vimos várias transmissões elogiando o gramado do Brinco de Ouro, mas a exposição a partir do momento que o Palmeiras nos elogiou mostra como o Guarani se tornou referência no assunto", afirma Marcelo Tasso, superintendente executivo do Guarani, ao Estadão.
Palmeiras e Guarani ainda não definiram se o estádio precisará voltar a ser cedido para partidas do Brasileirão. Ao longo dos próximos meses, o Allianz Parque receberá uma série de shows, que poderá tornar o espaço inutilizável. É o caso dos espetáculos de Roberto Carlos, Linkin Park e Bring Me The Horizon, em novembro. O ritmo de obras da Arena Barueri também está acelarado, e há expectativa de que o time possa voltar a mandar jogos no "Crefisão", já que é administrada pela Crefipar, empresa da presidente Leila Pereira.
Na vice-liderança do Brasileirão, o Palmeiras tenta, novamente, superar o Botafogo na corrida pelo título. Apenas três pontos separam as equipes na ponta da tabela. Neste sábado, contra o Atlético-MG, a partir das 18h30 (de Brasília), o Palmeiras podem encostar na liderança em caso de tropeço dos cariocas contra o Grêmio.