A final da Copa América rendeu confusão até para o presidente da Federação Colombiana de Futebol. No domingo, 14, Ramón Jesurún foi preso após brigar com seguranças enquanto tentava acessar a cerimônia de premiação no gramado do Hard Rock Stadium, nos Estados Unidos. Nesta terça-feira, 16, ele foi liberado pela polícia de Miami.
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Depois de assistir à derrota para a Argentina, o representante da seleção colombiana tentou ir ao campo com alguns familiares para a cerimônia de encerramento. No entanto, o presidente foi barrado pelos policiais que faziam a segurança do local.
Ao jornal colombiano El Espectador, Jesurún disse que tentou mostrar a credencial de acesso, mas foi ignorado.
"Esta credencial diz 'acesso total' e um segurança, daqueles que querem ser importantes, a ignorou. Insisti para que pudesse entrar e ele me empurrou. Estourou um motim ridículo e injusto", contou.
Na confusão, o presidente da FCF acabou sendo detido pela polícia de Miami. Para ser liberado, o colombiano de 71 anos precisou pagar uma fiança de US$ 2 mil, equivalente a R$ 10,8 mil.
Federação Colombiana se posicionou
Em nota publicada nesta terça, a Federação Colombiana de Futebol se pronunciou sobre o assunto. Segundo o comunicado, modificações na segurança precisaram ser feitas de última hora devido à confusão entre torcedores antes da partida. As ações, conforme a FCF, visavam manter a integridade física de jogadores e outros membros das seleções.
No entanto, a delegação da Colômbia teria se surpreendido ao ser barrada na cerimônia de premiação.
"Funcionários da segurança privada do estádio impediram a maioria dos integrantes da delegação colombiana de ter acesso ao gramado, apesar de estarem devidamente identificados com o crachá oficial da entidade. Isso gerou a reclamação de alguns com veemência, pois a cerimônia de premiação teria início em minutos", descreve nota.
Ao questionar a medida a um policial, Jesurún teria sido agredido. "A resposta de um dos guardas foi uma manobra com a mão que, em segundos, desencadeou ataques e momentos de grande confusão", explica o comunicado.
A federação ainda cita a preocupação do presidente com o filho, Ramón Jamil, que estava no local. Junto a eles, estavam também a esposa, outros filhos e netos de Ramón Jesurún.
"Como organização que rege o futebol colombiano, lamentamos este acontecimento e pedimos desculpas aos organizadores da competição, ao país anfitrião e às pessoas afetadas", pontua nota.
"Por sua vez, o presidente Jesurún lamenta profundamente estes acontecimentos, que nunca deveriam ter ocorrido e que resultaram numa manobra paternal e instintiva para proteger o seu filho e a sua família", destaca a Federação.