O Supremo Tribunal Federal recebeu mais um voto pela manutenção da prisão do ex-jogador Robinho. Assim, quem se manifestou dessa vez foi a ministra Cármen Lúcia. Ela registrou neste sábado (16/11) o quinto voto contrário ao pedido de concessão de habeas corpus que a defesa de Robinho havia apresentado.
Desse modo, até o momento, o painel tem 5 votos a favor da prisão e 1 contra. Além da ministra Cármen Lúcia, outros quatro consideram a cadeia necessária: Luiz Fux (relator), Edson Fachin, Luiz Roberto Barroso e Cristiano Zanin. O único que defendeu a libertação do ex-craque, no plenário virtual do STF, foi o ministro Gilmar Mendes.
Outros cinco ministros ainda não apresentaram a sua decisão. Basta um novo voto a favor da prisão para formar maioria no caso.
Ao apresentar seu voto, Cármen Lúcia disse que mulheres em todo o mundo são submetidas a crimes do tipo que Robinho cometeu, "causando agravo de inegável intensidade a quem seja a vítima direta, e também a vítima indireta, que é toda e cada mulher do mundo, numa cultura que ainda se demonstra desgraçadamente presente de violação à dignidade de todas".
E ela acrescentou: "A impunidade pela prática desses crimes é mais que um descaso, é um incentivo permanente à continuidade desse estado de coisas de desumanidade e cinismo, instalado contra todas as mulheres em todos os cantos do planeta".
Robinho está na prisão desde março de 2024
Em 2017, a Justiça italiana condenou Robinho a 9 anos de prisão por crime de estupro, já que, de acordo com as investigações, ele violentou uma jovem albanesa em 2013. Como o atleta voltou ao Brasil, a Itália pediu à Justiça brasileira a homologação da sentença para execução da pena. Com isso, Robinho está preso desde 21 de março de 2024. Os advogados tentam a libertação do ex-jogador para que ele aguarde fora da cadeia pelo julgamento de todos os recursos possíveis no Brasil.
O ministro Gilmar Mendes - o único que até agora votou a favor da soltura - argumentou que , enquanto houver chance de recursos por parte da defesa, o atleta deveria ficar fora da prisão, sob medidas cautelares.
O STF deve decidir de forma plena sobre esse caso até o dia 26 de novembro.
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