O presidente russo, Vladimir Putin, declarou nesta sexta-feira que espera que a Rússia não perca o direito de sediar a Copa do Mundo de 2018 após os clamores ocidentais para que o país não realize o torneio.
Indagado se existe esse risco devido à complicada situação política atual, Putin respondeu: “Espero que não. A Fifa já disse que o futebol e o esporte não têm a ver com política, e acho que esta é a abordagem certa”.
Membros do alto escalão da entidade que controla o futebol mundial reunidos em Mônaco não estavam cientes dos comentários de Putin quando foram abordados pela Reuters, e por isso não comentaram. O departamento de mídia da Fifa não estava disponível para contato de imediato.
Moscou tem enfrentado pedidos para que o evento esportivo seja transferido para outro lugar por causa de seu papel na crise na Ucrânia.
Os senadores republicanos dos Estados Unidos Dan Coates e Mark Kirk citaram a exclusão da antiga Iugoslávia da Euro 1992 e da Copa de 1994 por conta das guerras nos Bálcãs quando fizeram o apelo em carta à Fifa.
Em julho, a Fifa declarou estar comprometida com a Copa do Mundo de 2018 na Rússia, argumentando que um boicote não seria uma maneira eficaz de reduzir as tensões na região.
A Rússia irá sediar o Mundial em 12 estádios em 11 cidades, sendo duas arenas em Moscou.
(Por Alexei Anishchuk, reportagem adicional de Mike Collett)