Pode-se dizer, sem risco, que não há no futebol brasileiro quem controle a bola ou a domine com a mesma eficiência de Gerson. Nesse aspecto, ele tem semelhança com o que faz Lionel Messi, de quem ninguém consegue tirar o brinquedo dos pés. O volante-meia do Flamengo faz nesta quarta-feira sua despedida do clube ... e vai fazer muita falta.
Por mais que Diego Ribas seja um jogador de muito talento e que Willian Arão, se voltar a atuar como volante, tenha também suas qualidades, nada e ninguém no Flamengo vai poder suprir a ausência de Gerson. Thiago Maia tem estilo parecido com o dele, mas não estão no mesmo nível técnico. Essa diferença é mais acentuada ainda quando se fala em João Gomes, Hugo Moura ou Piris da Motta.
No radar do Rubro-Negro surgem como eventuais substitutos Renato Augusto e Paulinho, dois ótimos jogadores, mas, hoje, um degrau abaixo do cérebro do time.
A diretoria negociou o craque com o Olympique de Marselha para dar oxigênio às finanças do clube. A transação pode mobilizar até R$ 190 milhões, caso o jogador atinja algumas metas.
Gerson chegou ao Flamengo em julho de 2019, num investimento que girou em torno de R$ 49,7 milhões – o atleta tinha os direitos ligados à Roma e estava emprestado à Fiorentina.
Ele foi um dos principais condutores da campanha do Flamengo na conquista da Libertadores e do Brasileiro daquele ano. Manteve-se em alto nível até os dias de hoje. Dele, nasceram desarmes, dribles, passes e lançamentos precisos que resultaram em gols e vitórias da equipe. Sem Gerson, apesar de ter um elenco muito forte, o desempenho do Flamengo passa agora a ser uma incógnita.