Scarpa rejeita proposta de Willian Bigode e caso das criptomoedas seguirá na Justiça

Gustavo Scarpa, do Atlético-MG, recusou proposta de Willian Bigode, do Santos; Jogador do Galo teria perdido R$ 6 milhões em golpe

24 mai 2024 - 13h06
(atualizado às 13h16)
Gustavo Scarpa e Willian Bigode na época que atuaram juntos pelo Palmeiras
Gustavo Scarpa e Willian Bigode na época que atuaram juntos pelo Palmeiras
Foto: Cesar Greco/Palmeiras

O meia Gustavo Scarpa, do Atlético-MG, rejeitou a proposta feita pelo atacante Willian Bigode, do Santos, no caso das criptomoedas envolvendo os dois. O jogador do Galo teria sido vítima de um golpe, perdendo mais de R$ 6 milhões em investimentos feitos pela empresa na qual o ex-companheiro de Palmeiras é sócio.

De acordo com informações da ESPN, Willian propôs uma nova alternativa de pagamento para que Scarpa possa recuperar o valor perdido. Segundo a defesa de Bigode, a própria Xland divulgou em suas redes sociais que possui ativos em criptomoedas com a empresa norte-americana FTX. Recentemente, a FTX anunciou a recuperação de US$ 16,3 bilhões (cerca de R$ 83,92 bilhões) para compensar clientes que sofreram perdas devido a uma crise ocorrida em novembro de 2022.

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A defesa de Willian também ressalta que a quantia é "suficiente para quitar todos os seus débitos e ressarcir todos os seus clientes", inclusive no caso envolvendo Scarpa. 

Os advogados de Gustavo Scarpa, no entanto, questionam a movimentação de Bigode, já que o nome da Xland e de seus sócios não constam na lista de credores da FTX. Além disso, o nome de Gustavo também não aparece na lista.

Por essa razão, a defesa de Scarpa argumenta que a petição apresentada pelos advogados de Willian é apenas um "subterfúgio" para "não assumir as responsabilidades quanto ao ressarcimento" do dinheiro do meio-campista.

"A aludida lista (de credores da FTX) fora disponibilizada publicamente e constata-se [...] que não se encontra o nome da empresa ré, Xland, tampouco de seus sócios ou o nome do autor. Ou seja, a informação creditada pelos réus, Xland, Gabriel e Jean, e avalizada pelos outros réus, WLJC, Willian e Camila, foi apenas mais um pretexto e subterfúgio para não assumirem as responsabilidades quanto ao ressarcimento ao autor", escreveu Carlos Henrique Pereira, advogado do atleticano.

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Em decisão na última quarta-feira, 22, o Tribunal de Justiça de São Paulo notificou Scarpa e concedeu um prazo de cinco dias para que o jogador responda se aceita os termos propostos por Bigode. No entanto, como a defesa de Gustavo indicou nesta quinta-feira que deseja que o pedido feito por Willian seja negado, o processo seguirá em outras instâncias.

Entenda o caso

Scarpa alega ter sofrido um golpe de R$ 6,3 mi da Xland, pois entrou em um investimento de criptomoedas que tinha retorno previsto em de 3,5% a 5% ao mês. Segundo ele, a empresa foi indicada por Willian Bigode. 

Além de Scarpa, o lateral Mayke também teria sido lesado em mais de R$ 4 milhões. Segundo eles, o negócio foi apresentado por Willian, que montou uma consultora financeira, a WLJC Consultoria e Gestão Empresarial.

As duas empresas envolvidas no suposto golpe aos jogadores Scarpa e Mayke não têm autorização nos sistemas da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), da Associação de Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e do Banco Central para investir em criptomoedas.

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Fonte: Redação Terra
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