Medida adotada pela CBF antes do início do Brasileiro de 2021, para dar mais garantia ao trabalho dos treinadores, surtiu pouco efeito. Na competição em disputa, que se encerra nessa quinta-feira (9), apenas cinco clubes não trocaram de técnico desde a primeira rodada.
Palmeiras (Abel Ferreira), Atlético-MG (Cuca), Corinthians (Sylvinho), Bragantino (Maurício Barbieri) e Fortaleza (Juan Pablo Vojvoda) mantiveram a parceria, mesmo quando os respectivos times passaram por momentos difíceis nos últimos meses. Talvez a exceção seja o Galo, que não teve queda acentuada de rendimento ao longo do Brasileiro.
De acordo com norma da CBF, extensiva à Série B, cada clube só poderia demitir no máximo duas vezes quem ocupasse o cargo de treinador no decorrer do Brasileiro. A partir da segunda demissão, o posto teria de ser delegado a um profissional da casa, com pelo menos seis meses como funcionário do clube.
Essa decisão, no entanto, deixou uma brecha, utilizada por dirigentes. Quando pretendiam demitir o técnico, chegavam a um acordo paralelo e acertavam que o treinador é que decidira se afastar. Grêmio e Bahia, por exemplo, usaram desse artifício e tiveram três técnicos no Brasileiro.
O América-MG também chegou à 38ª rodada com seu terceiro técnico. Mas, no caso dos mineiros, há uma justificativa. No meio do caminho, Vagner Mancini largou o clube subitamente, seduzido por uma proposta do Grêmio. Foi para Porto Alegre prometendo livrar o Tricolor do rebaixamento.