Suíça encurrala Fifa e suspeita de 53 lavagens de dinheiro

17 jun 2015 - 09h13
(atualizado às 09h36)

Bastou a Justiça suíça descortinar parte das operações bancárias ligadas à Fifa para encontrar 53 possíveis casos de lavagem de dinheiro. Outras 104 transações referentes a contas do país são consideradas suspeitas e o avanço nas investigações é tamanho que o procurador-geral suíço, Michael Lauber, não descarta convocar Joseph Blatter e Jérôme Valcke a depor.

"Entrevistaremos todos os personagens que interessem (à investigação) e não excluímos conversar com o presidente da Fifa e seu secretário-geral", revela o procurador ao referir-se a Blatter e Valcke nesta quarta-feira. Ele encabeça a força-tarefa que estuda a escolha de Rússia e Catar como sedes da Copa do Mundo de 2018 e 2022.

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A apuração da Justiça da Suíça ainda está no recolhimento de evidências financeiras que pareçam suspeitas. Os bancos do país, segundo Lauber, têm cooperado na pesquisa ao apresentar os 53 casos em que desconfiam ter ocorrido lavagem de dinheiro. O passo seguinte é entender todas essas informações para cruzar dados que comprovem possíveis ilegalidades.

"São muitas contas bancárias e temos muitos documentos a processar. Por enquanto estamos avaliando os dados abertos dos bancos", explica o procurador-geral, que terá nove terabites de informação para investigar (cerca de 600 milhões de páginas).

Em conjunto à Justiça norte-americana, a Suíça prendeu sete indiciados por suposto envolvimento em crimes ligados à Fifa há três semanas. Entre os detidos estava o brasileiro José Maria Marín, ex-presidente da CBF, que atualmente aguarda extradição para ser julgado em Nova Iorque.

 
Gazeta Esportiva
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