Na primeira convocação da Seleção brasileira do ano, o técnico Tite deu a entender que não aceitará negacionistas da vacina contra a covid-19 em seu grupo para a disputa do Mundial no Catar, em novembro e dezembro deste ano. Foi o recado que deixou ao explicar a ausência de Renan Lodi na lista dos relacionados para os jogos contra Equador, dia 27, em Quito, e Paraguai, em 1º de fevereiro, em Belo Horizonte.
Renan Lodi só tomou a primeira dose da vacina. Por temer que as autoridades equatorianas repetissem a ação de agentes sanitários no dia em que Brasil x Argentina foi interrompido, em 5 de setembro do ano passado, no estádio do Corinthians, a Neo Química Arena, a CBF e Tite decidiram pela exclusão do jogador na lista.
Na verdade, segundo a confederação, Renan Lodi nem conseguiria entrar no território do país vizinho por falta do certificado vacinal completo.
Na hora de falar sobre o problema, Tite não poderia ser mais explícito. “Eu entendo que vacinação é uma responsabilidade social. Eu trago comigo. Eu e minha família. Eu e meus netos. Queria ter meus pais, não tenho. Mas queria poder protegê-los.”
Fora do acesso da imprensa, segundo o Terra apurou, Tite demonstrou bastante irritação pelo que considerou negligência do jogador e foi incisivo ao dizer que não vai expor seu grupo, incluindo os profissionais da comissão técnica, no contato mais imediato com quem não acata a orientação da ciência para evitar a disseminação do coronavírus.
