O VAR ainda é muito questionável, no Brasil e no mundo, principalmente por causa da demora na solução de lances polêmicos. Mas esse é um problema à parte. Apesar do número expressivo de críticos, o VAR é um recurso tecnológico que inibe ou mesmo impede a ação de malfeitores travestidos de árbitro de futebol.
No jogo Brasil x Equador, nessa quinta (28), em Quito, pelas eliminatórias do Mundial do Catar, o colombiano Wilmar Roldán teve quatro decisões suas revistas, todas, se confirmadas, seriam desfavoráveis ao time visitante: dois pênaltis e a exibição em dois momentos da partida do cartão vermelho ao goleiro Alisson.
Não se pode afirmar que Roldán estava mal-intencionado. Longe disso. De todo modo, se não fosse o VAR, o Brasil poderia ter sofrido uma goleada na capital equatoriana.
A história de confrontos entre seleções tanto na fase de classificação como na disputa do Mundial é marcada por uma infinidade de denúncias de manipulação de resultados. Na América do Sul, isso é mais constante.
Com o VAR, pênaltis e gols têm de passar pelo crivo de quem está diante de monitores a fim de serem validados. Antes, isso ficava a critério do árbitro de campo, o que dava margem a suspeitas e deixava que apitadores desonestos agissem livremente – um lado perverso do futebol que provavel
mente continua em algumas situações sem o uso do VAR, como em competições de menor apelo.