A vitória do Brasil por 2 a 1 sobre o Chile valeu somente pelo resultado, que levou a Seleção à quarta posição na tabela das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2026. Mais uma vez, a equipe dirigida por Dorival Júnior apresentou um desempenho sofrível, mesmo diante de um frágil adversário.
Chama a atenção o fato de o treinador ter um repertório tão escasso e de fazer opções conservadoras nas substituições para tentar melhorar o rendimento nas quatro linhas. O time é estático, travado e praticamente nada cria a partir do meio-campo.
Quando recorre ao banco de reservas, Dorival arrisca pouquíssimo, fazendo a famosa troca de seis por meia-dúzia. É verdade que as opções também não são muito vastas, mas já houve tempo suficiente para render mais. Diante do Chile, a equipe teve o controle da bola - muito também pelo fato de ter levado um gol logo de cara. No entanto, os passes quase sempre eram laterais, entre zagueiros e volantes.
Mesmo com tanta dificuldade, a Seleção conseguiu a virada, mérito de lances individuais de Savinho e Luiz Henrique e do oportunismo e bom posicionamento na área de Igor Jesus. O triunfo pelo menos traz tranquilidade ao elenco e ao técnico para a partida contra a equipe peruana, em Brasília.
Há muito o que melhorar para que a Seleção Brasileira apresente um futebol no mínimo de bom nível. E aí é que está o problema. Até aqui, Dorival pouco conseguiu acrescentar de positivo, a exemplo da frustrada passagem do antecessor Fernando Diniz. Para se classificar ao Mundial de 2026, esse futebol é suficiente, o que se constata com o atual quarto lugar. Porém, para voos mais altos, será preciso correr - e muito - contra o tempo.
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