Ginástica brasileira tem ano marcado por muito trabalho e resiliência

4 jan 2021 - 19h50
(atualizado às 19h59)

O ano de 2020, marcado pela pandemia do coronavírus, foi de muitos desafios para a Confederação Brasileira de Ginástica.

Em janeiro, quando ainda não havia o surto de covid-19 no mundo, a entidade enviou a seleção masculina juvenil à Junior International Team Cup, realizada em Houston, nos Estados Unidos. A ideia era preparar os atletas para o Campeonato Pan-Americano da categoria.

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Poucos dias depois, a CBG e o Comitê Olímpico do Brasil (COB) realizaram o maior camping de treinamento da história da Ginástica Artística Masculina, reunindo 22 atletas e 13 treinadores no CT Time Brasil. A ação incluiu treinadores mais novos e outros que estão mais distantes dos grandes centros, contribuindo para elevar o padrão das práticas em nível nacional.

No começo de fevereiro, a Seleção Brasileira de conjunto de Ginástica Rítmica disputou o Grand Prix de Moscou. Na capital russa, o Brasil conseguiu sua maior nota no ciclo olímpico na série de cinco bolas (26,400). Depois, na prova mista (três arcos e dois pares de maças), as brasileiras conseguiram 26,150, novamente registrando sua mais alta nota no período. Com a soma 52,500, o Brasil terminou sua participação na quinta colocação. Nas finais por aparelhos, a equipe nacional ficou em sexto lugar na prova das cinco bolas e em quinto na série mista.

(Divulgação/CBG)

Segundo a presidente da CBG, Luciene Resende, a rápida adaptação da entidade ao cenário da pandemia, com respostas criativas, e a capacidade de organização da entidade foram determinantes para reduzir danos e criar condições para que se espere um grande 2021.

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"Os resultados das primeiras competições de 2020 anunciavam que teríamos uma bela temporada, na esteira do muito positivo ano de 2019. Infelizmente, a pandemia interrompeu, ou melhor, adiou a colheita desses resultados, que são fruto de muito trabalho bem planejado, estruturado e consistente. Se nos vimos impossibilitados de colher, continuamos semeando. Apostamos alto em treinamentos online, cursos e estudos virtuais, chamando a atenção de outras confederações e até de treinadores estrangeiros. Aos poucos, fomos recuperando a forma de nossos atletas, o que nos dá condições de contar com um ótimo 2021, mesmo que ainda permeado por algumas dificuldades. Obtivemos medalhas olímpicas desde 2012 e acredito que em Tóquio não será diferente", diz a dirigente.

"Estamos aprimorando constantemente nosso Programa de Ética e Integridade, realizando diversas ações para abastecer a comunidade gímnica de informações. Além disso, reforçamos nossa presença na mídia com os vídeos do Fora da Série. Orgulhamo-nos também dos Centros de Excelência CAIXA Jovem Promessa da Ginástica, que se desdobraram para manter as crianças e adolescentes em atividade ao longo de todo o ano. Por fim, realizamos a segunda edição do Estágio Nacional de Treinamento da Ginástica Rítmica, em um exemplo de que continuamos assentando nosso futuro sobre bases sólidas. Quero agradecer a todos os nossos parceiros, sem os quais não poderíamos ter feito tanto, e tão bem: Caixa Econômica Federal, Comitê Olímpico do Brasil, Ministério da Cidadania, Secretaria Especial do Esporte, presidentes das federações e a toda a comunidade gímnica", conclui Luciene.

Gazeta Esportiva
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