Goleiro Bruno e Robinho: o crime não compensa

Dupla de jogadores não consegue se livrar de atos hediondos

4 nov 2022 - 07h52
Robinho disputou duas Copas do Mundo com a camisa da Seleção
Robinho disputou duas Copas do Mundo com a camisa da Seleção
Foto: FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO

O goleiro Bruno e o atacante Robinho têm algumas coisas em comum. Jogadores talentosos, colecionadores de títulos no futebol, vivem reféns de seus próprios atos e trilham um fim melancólico de carreira. Bruno foi condenado a 22 anos e três meses de prisão por homicídio. Robinho pegou uma pena de nove anos por estupro. Apesar da gravidade dos crimes, afirmam que são perseguidos pela imprensa e opinião pública.

Bruno, que em 2019 conseguiu progressão para o regime semiaberto, tenta de vez em quando voltar a jogar em clubes amadores, mas não consegue emplacar. Reclama que o tratam como se estivesse condenado à pena de morte. A situação de Robinho não é muito diferente. Faz mais de dois anos que ele atuou profissionalmente pela última vez e desde então nenhum clube o quer.

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Há uma corrente que defende a ressocialização de Bruno, mas que ele não deva enveredar pelo caminho do futebol para ter o seu sustento. Esse grupo é de opinião que o assassino da mãe do próprio filho não pode ser ídolo no esporte, principalmente por jamais ter manifestado algum gesto de arrependimento pela morte da modelo Eliza Samudio, em 2010, ou se desculpado publicamente por isso.

Goleiro Bruno
Foto: Reprodução/Instagram/@oficialbrunogoleiro

Condenado pela Justiça da Itália, em janeiro de 2022, por participação em estupro coletivo, Robinho tentou sair do ostracismo ao ir às ruas nos últimos dias para contestar o resultado da eleição presidencial no Brasil e pedir um golpe de Estado. No entanto, o golpe que o mantém nos holofotes foi desferido em 2013 contra uma jovem albanesa então com 22 anos, numa boate em Milão.

Robinho e amigos, segundo a acusação, ofereceram bebida à vítima até deixá-la inconsciente e incapaz de se opor, Em seguida, levaram a jovem até um camarim da boate, onde praticaram “múltiplas e consecutivas relações sexuais com ela”.

A presença do ex-craque no noticiário policial tem sido uma constante nos últimos anos por causa desse episódio. Irritado com a imprensa, Robinho se recusa a dar entrevistas. Nesta semana, o Brasil negou o pedido de extradição do jogador feito pela justiça italiana. Atualmente, ele pode ser preso se deixar o País.

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Os crimes que envolvem Bruno e Robinho marcam definitivamente a vida deles e de quem sofreu traumas por tais atitudes. Pouca gente vai lembrar com o passar dos anos do show de elasticidade que Bruno dava quando jogava pelo Flamengo. Tampouco dos lances geniais de Robinho com a bola nos pés, notadamente pelo Santos. Eles fizeram a escolha.

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